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A Campanha de Sindicalização do Sindicato foi lançada oficialmente na última quinta-feira, 28 de fevereiro. A festa, ao ritmo do ensaio do Bloco dos Bancários, teve sorteio de muitos prêmios para bancários sindicalizados (confira no quadro a lista dos ganhadores). Novos associados foram recebidos com brindes de boas-vindas. O regulamento da campanha se encontra no site do Sindicato: www.bancariosrio.org.br. O bancário sindicalizado da ativa, aposentado ou licenciado, pode se inscrever. Cada novo associado vale uma pontuação de acordo com o valor da mensalidade paga do novo sindicalizado (se a mensalidade do novo associado for R$50, são 50 pontos acumulados). A medida que for acumulando pontos, o bancário já pode trocar seus bônus por prêmios. Quanto mais novos filiados, mais pontos o bancário acumula e mais prêmios poderá ganhar. Ao longo deste ano, haverá, além da troca de pontos por prêmios, novos sorteios. O objetivo é garantir em 2019, pelo menos 2 mil novos sindicalizados. 
“O nosso objetivo é envolver cada vez mais a categoria para garantirmos a sustentabilidade financeira desta entidade sindical e continuar lutabdo em defesa dos direitos dos bancários e bancárias, disse a presidenta do Sindicato, Adriana Nalesso

 

Os sindicalizados ganhadores do primeiro sorteio


 - Mônica Valéria Miranda Morgado Bradesco TV 4K UHD LG 49’

 - Vera Lúcia de Freitas Martins Itaú TV HD Smart LG 43’

 - Andrea Cristina Henrichs Bradesco Notebook Samsung

 - Fábio Jesus de Freitas Júnior Bradesco Home Teacher

 - Gilberto da Silva Menezes Santander Adega Climatizada Brastemp

- Viviane de Oliveira Vargas de Melo Itaú Headphone Bluetooth

 - Ivan Ricardo de Souza Itaú Aspirador de Pó

 - José Montenegro Brandão Filho Itaú Aspirador de pó

 - Rosana Brandão de Oliveira Itaú Mala de viagem

 - João Luis Muniz Soares Santander Mala de viagem

 - Paulo Cesar de Oliveira Itaú Fritadeira Elétrica

 - Luis Carlos de Souza Elias Itaú Fritadeira Elétrica

 - Leandro de Araújo Bernardo Santander Cafeteira Digital

- Luiz Fernando Chagas da Silva Santander Cafeteira Digital

 - Jander José Ferreira de Almeida Bradesco Cafeteira Digital

 - Sérgio Henrique Rodrigues CEF Cafeteira Digital

 - Luiz Fernando Chagas da Silva Santander Cafeteira Digital

 - Patrícia Portes Santander Rádio Retrô

 - Pablo Felipe Rodrigues de Jesus Itaú Rádio Retrô

 - Tatiana Coelho Guimarães Bradesco Rádio Retrô

 - Maximiano de Narareth Júnior Itaú Rádio Retrô

 - Juliana Machado Araújo Bradesco Rádio Retrô

 - Clarice Moreira Nascimento Itaú Rádio retrô

 - Renata Conte Telles Santander Cooler

 - Victor Martins Esteves Itaú Cooler

 - Michelle da Silva Elias Bradesco Cooler

- Sania Ferraz dos Santos Silva Santander Cooler

 - Rayanne Crisyhine da S. Rodrigues Itaú Cooler

 - Mariana Batista de Souza BB Cooler

 - Ana Paula Camarinha Santander Cooler

 - Rodrigo de Castro Chavez Bradesco Panela Elétrica

 - Ricardo Mendonça Alvarenga Mercantil Panela Elétrica

 - Roberto Matos de Oliveira Santander Panela Elétrica

 - Raquel Araguez Moreira Santander Panela Elétrica

 - Rosângela P.S. da Silva Santander Panela Elétrica

 - Cristiane Rodrigues Cruz Santander Camisa Oficial de Clube

O Programa Paternidade Responsável - curso gratuito oferecido pelo Sindicato que prepara bancários sindicalizados que vão ser pais e precisam de certificado para usufruir dos 20 dias da licença paternidade – está com inscrições abertas para novas turmas. As aulas serão ministradas na Avenida Presidente Vargas, 502, 21º andar, Centro, nos dias 12 e 13 de março. Inscreva-se pelo telefone 2103-4170 e garanta a sua vaga.

Quinta, 28 Fevereiro 2019 10:26

Pedro Guimarães descumpre Acordo Coletivo

Desde Pedro Guimarães assumiu a presidência da Caixa Econômica Federal, a empresa tem descumprido itens previstos no Acordo Coletivo de Trabalho 
Um dos exemplos é a cláusula 48 do acordo, garantindo que os impactos na vida funcional dos empregados ocasionados pela implantação de novos processos de trabalho devem ser debatidos na mesa de negociação permanente estabelecida entre o banco e as entidades de representação dos trabalhadores. 
“As mudanças estão sendo implementadas de forma unilateral, sem que o movimento sindical seja comunicado previamente”, critica o vice-presidente do Sindicato dos Bancários do Rio, Paulo Matileti. 
Na segunda-feira, dia 25 de fevereiro, a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) enviou um ofício ao banco solicitando a suspensão imediata da reestruturação do banco e a realização de uma reunião pata tratar do assunto. O ofício reitera, ainda, o compromisso da Caixa de comunicar previamente a Comissão de Empresa dos Empregados (CEE) e a Contraf-CUT, antes de tornar pública a implementação de novos processos de trabalho.

Arrogância e desrespeito

O documento da Contraf-CUT ressalta que “o debate junto à mesa de negociação permanente é imprescindível” e que “qualquer mudança a ser implementada deve resguardar os direitos e a saúde física e mental dos empregados”.
Denúncias dos trabalhadores dão conta de que Pedro Guimarães tem tratado os empregados com “arrogância” e “desrespeito”. Relatos apontam que situações de violência e assédio moral são ainda mais sentidas na matriz do banco, em Brasília, onde ele trabalha.

Quinta, 28 Fevereiro 2019 10:25

Manifestação das mulheres é na sexta

O ato público pelo Dia Internacional da Mulher é nesta sexta-feira, dia 8 de março. No Rio, a manifestação começa às 16, na Candelária. Elas vão protestar contra a Reforma da Previdência, os ataques aos direitos trabalhistas, o feminicídio e por justiça no caso do assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL).

Quinta, 28 Fevereiro 2019 10:23

Debates sobre saúde são retomados na Caixa

Na reunião do Grupo de Trabalho Saúde Caixa, realizada no último dia 19 de fevereiro, em Brasília, foram restabelecidos os debates sobre o plano de saúde. Os bancários cobraram o acesso a informações, relatórios atuariais, dados e documentos. O objetivo é permitir que os trabalhadores façam uma análise aprofundada para, em conjunto com a direção da Caixa, empenhar-se na sustentabilidade do plano. Foi cobrado ainda os relatórios sobre o superávit acumulado, que a empresa prometeu apresentar na próxima reunião. Os representantes da Caixa disseram ainda que a área jurídica está elaborando um parecer sobre o fundo de reserva / fundo de contingência.
O banco apresentou os dados da Central de Atendimento mostrando que houve melhora no serviço. Os trabalhadores informaram que apesar da evolução ainda existem muitas reclamações da Central de Atendimento, em especial referente aos prazos de autorização e reembolso. Foi solicitado que as unidades de pessoal (GIPES/REPES) possam fazer atendimento presencial nos casos excepcionais. 
Trabalhadores descobertos
Outro ponto exigido foi a garantia de assistência aos empregados contratados após 31 de agosto de 2018, que estão descobertos e não recebem o reembolso previsto no Acordo Coletivo de Trabalho. A empresa informou que está em estudo a formatação deste reembolso. Os representantes dos trabalhadores solicitaram que o reembolso seja retroativo a setembro.
Criticaram também a alteração no RH221, que passou a exigir que o dependente inválido não receba pensão alimentícia. 
“Para propor melhorias e ter um plano saudável, temos de ter acesso ás informações do plano, que já cobramos há bastante tempo. Sem esses dados, é inviável avaliar a real situação do Saúde Caixa”, avalia o diretor do Sindicato Sérgio Amorim, que faz parte do GT Saúde. 
Saúde do Trabalhador
No dia 20 de fevereiro, foi debatido o adoecimento dos empregados da Caixa, causado pelos impactos da sobrecarga de trabalho, ameaças de retirada de função e a cobrança de metas abusivas. Os sindicalistas alertaram para o crescimento do número de suicídios e casos de depressão, síndrome do pânico e outros graves problemas que atingem a categoria bancária. 
“A Caixa vendeu a ideia de que a Gestão de Desempenho de Pessoas (GDP), seria um instrumento de aprimoramento dos empregados. Na verdade, o método estabelece ranking interno e individualiza as metas, gerando ainda mais estresse por conta do assédio moral institucional, da pressão e da falta de empregados nas unidades”, explica Sérgio. 
A Pesquisa Saúde do Trabalhador, realizada pela Fenae em 2018 (confira abaixo), revela o quanto o modelo de gestão do banco e a ausência de uma política de saúde do trabalhador geram sobrecarga de trabalho, provocando um verdadeiro quadro de adoecimento crônico nos bancários.

Nesta sexta-feira, dia 8 de março, as mulheres vão para as ruas protestar contra a Reforma da Previdência anunciada pelo governo Bolsonaro, a violência e o preconceito contra elas. O feminicídio no Brasil, um dos mais elevados no mundo, também faz parte da pauta de reivindicações, inclusive a busca por justiça pela morte da vereadora Marielle Franco (PSOL) assassinada em março do ano passado e até hoje sem apresentação e condenação dos criminosos. Os ataques aos direitos trabalhistas também estão entre as bandeiras de luta da manifestação. 
No Rio, o ato público terá concentração ás 16h, na Candelária. O Sindicato convoca as bancárias a participarem da atividade. 
“É importante que, num momento de um retrocesso político e social tão profundo, as mulheres sejam a vanguarda da resistência em defesa da democracia, da justiça social e por uma sociedade mais justa, com igualdade de oportunidades. Contamos com a presença das bancárias neste protesto, pois mulheres e jovens são os mais prejudicados pelas reformas do governo”, ressalta a diretora do Sindicato, Marlene Miranda.

Funcionários e clientes passaram uma tarde de verdadeiro terror, na terça-feira (26/2/), na agência do Bradesco, na Rua Euclides Faria, em, Ramos, durante um assalto à unidade por volta das 14h30. Bancários e clientes foram mantidos reféns pelos assaltantes. Além de roubar o banco, os bandidos levaram dinheiro, celulares e pertences de quem estava no interior da agência. 
Segundo empregados de uma loja vizinha, o 190, telefone de emergência da Polícia Militar não estava atendendo, o que levou os policias a chegar ao local com um atraso de meia horas a quarenta minutos. 
Segundo a PM, houve um pane no sistema, após um apagão de energia, que foi estabelecido em seguida. 
Os sindicalistas Sérgio Menezes, Jacy Menezes, Dênys Alcântara e Nilson “PQD” estiveram no local para prestar assistência aos bancários. O diretor do Sindicato e membro do COE (Comissão de Organização dos Empregados), Marcelo Pereira, ligou para o setor de Relações Sindicais do Bradesco para cobrar a emissão da CAT (Comunicação de Acidente de Trabalho) e o acompanhamento psicológico para os funcionários, que estão abalados com o episódio. 
“Esperamos que o bom senso prevaleça e a direção do banco emita a CAT e garanta a assistência aos bancários. É preciso também melhorar o sistema de segurança para proteger as pessoas, não somente o patrimônio financeiro dos bancos”, disse Sérgio Menezes.

Apresentação de números e simulação projeções subsidiarão os debates

Guina Ferraz / Contraf-CUT


Além da proposta financeira pesar mais para os associados, ainda há muitos complicadores na proposta apresentada pelo BB na parte de governança, como por exemplo a troca das diretorias.Na reunião de negociação de quarta-feira (27), as entidades de representação dos funcionários responderam ao Banco do Brasil que a proposta apresentada pelo banco para a Caixa de Assistência dos Funcionários (Cassi) é insuficiente para um encaminhamento ao Corpo Social, uma vez que está inferior à proposta rejeitada pelos associados na consulta feita no ano passado.

As entidades informaram ao Banco que a proposta divulgada serve para debates com os associados, mas que não há como defender da forma como está apresentada.

O diretor recém empossado da Diretoria Gestão de Pessoas do BB (Dipes), José Avelar Matias Lopes, participou da abertura da mesa de negociação e ressaltou a necessidade de se chegar a um acordo negociado.

O coordenador da mesa pelas entidades, Wagner Nascimento, afirmou ao diretor de pessoas a importância do restabelecimento da mesa de negociações e que a experiência do ano passado não foi boa, numa consulta sem a participação dos associados. “A solução negociada é o que queremos e esperamos achar o bom termo numa proposta que atenda às necessidades da Cassi e dos Associados”, disse Wagner Nascimento, que também coordena a Comissão de Empresa dos Funcionários do BB.

Sobre a ANS
O presidente da Cassi novamente falou sobre as reuniões com a Agência Nacional de Saúde (ANS) e sobre o que seria uma Direção Fiscal, que é a designação de uma pessoa que acompanha o que acontece no plano de saúde e orienta sobre o que pode acontecer, sem o controle da entidade.

Déficit da Cassi
O presidente da Cassi deu relato sobre a prévia dos números do balanço da Caixa de Assistência, que deve fechar 2018 com cerca de R$ 370 milhões de déficit. Os números oficiais serão divulgados assim que apreciados pelo conselho fiscal e aprovados dentro dos órgãos da governança da entidade.

Reabertura do plano aos novos funcionários
O Banco do Brasil falou que sendo aprovado um novo estatuto e este se adequando a algumas exigências dos órgãos reguladores, o Plano Associados possibilitará a entrada dos novos funcionários que recentemente tomaram posse no BB e que estão fora da Cassi.

Projeções de cálculos
O Banco do Brasil apresentou dados sobre as projeções financeiras da proposta apresentada e também simulações solicitadas pelas entidades da Mesa de Negociação, com o objetivo de subsidiar os debates e andamento das negociações, considerando o déficit atual da Cassi e as projeções de receita, que podem equilibrar a Caixa de Assistência.

Debates com os associados
As entidades afirmaram que há a necessidade de intensificar os debates com os associados da ativa nos locais de trabalho e nas associações de aposentados para que se chegue a uma proposta com amparo na realidade dos associados.

Negociações continuam
Para Wagner Nascimento, o momento requer maior participação dos associados e intensidade no processo de negociação. “A proposta apresentada pelo banco não nos atende. Estamos dispostos a achar uma proposta para garantir minimamente a sustentabilidade da Cassi, evitando intervenção de terceiros no processo. Contudo é necessário um esforço e entendimento do banco sobre o que cabe da parte dele zelar pela saúde dos funcionários”, disse. “Além disso, como patrocinador, o Banco do Brasil deve fazer seu esforço financeiro para melhorar a proposta de forma que cheguemos a um acordo”, concluiu.

Uma nova rodada de negociações está marcada para a sexta-feira (8/3), logo após o feriado de carnaval.

Fonte: Contraf-CUT

Entidades representativas analisam riscos da reforma e da CGPAR 25 sobre os direitos dos trabalhadores, durante seminário promovido pela Contraf-CUT, em Brasília

Os impactos das novas diretrizes do governo federal sobre os fundos de pensão das estatais e a perspectiva da previdência complementar no país. Esses foram os temas debatidos na terça-feira (26), no seminário promovido pela Contraf-CUT, em Brasília.

Na mesa de abertura, o presidente da Federação Nacional das Associações de Pessoal da Caixa (Fenae), Jair Pedro Ferreira, destacou a importância de se fortalecer a mobilização dos sindicatos e entidades associativas na defesa de uma previdência justa e aderente às necessidades dos participantes. “Precisamos defender nossa representatividade junto aos órgãos reguladores e aos legisladores. Dentro dos fundos de pensão também precisamos defender nossos direitos”, afirmou o presidente da Fenae.

CGPAR 25 e os riscos para a aposentadoria

Representando a Diretoria de Saúde e Previdência da Fenae, o assessor Paulo Borges falou sobre a avaliação de economicidade, uma das diretrizes da resolução 25 da Comissão Interministerial de Governança Corporativa e de Administração de Participações (CGPAR), do Ministério do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão. Borges explicou que o conceito de economicidade é o ponto mais crítico da resolução porque dá margem a interpretações subjetivas, as quais caberão às patrocinadoras.

A CGPAR 25 prevê que, a cada dois anos, as estatais façam uma avaliação de economicidade dos planos de benefícios e que, a depender do resultado, terceirizem a gestão dos planos para outras entidades, inclusive do mercado financeiro.

O assessor também falou sobre o impacto das diretrizes nos planos da Funcef, em especial sobre a situação do REG/Replan Não-Saldado, mais diretamente atingido pela resolução. Borges destacou a tramitação interna exigida para alterações de regulamento, considerando a obrigatoriedade da análise pelo Conselho Deliberativo e a vedação prevista no estatuto da Funcef para o uso do voto de Minerva nesses casos.

Ataque à previdência complementar fechada

Coordenando a mesa, o diretor Regional da Associação Nacional dos Participantes de Fundos de Pensão (Anapar), Ricardo Sasseron, fez uma explanação sobre as diferenças entre a previdência complementar fechada e a aberta e demonstrou como o modelo gerido por bancos e financeiras é muito mais prejudicial aos participantes. Sasseron também falou sobre o contexto da reforma da Previdência e a resolução 25 da CGPAR.

“Estamos vivendo um momento de ataque aos direitos dos trabalhadores, aos fundos de pensão e à própria Constituição”, afirmou o diretor da Anapar. Sasseron criticou a postura da Superintendência Nacional de Previdência Complementar (Previc), cujos posicionamentos têm, constantemente, favorecido as patrocinadoras. “Testemunhamos um favorecimento da previdência aberta e um ataque explícito à previdência fechada”, disse.

Previdência e realidade da população

O presidente da Anapar, Antônio Braulio de Carvalho, falou sobre o PLP 268, projeto de lei que altera as regras de funcionamento nas fundações e reduz a representatividade dos participantes nas suas instâncias de deliberação e controle. Ele avaliou a forma como o debate tem sido feito no Congresso Nacional e destacou a importância de as entidades participarem dessa mobilização junto ao Poder Legislativo.

Carvalho também apresentou a pesquisa realizada pela Anapar junto à população brasileira sobre finanças pessoais e previdência. O estudo mostra como grande parte da população não tem emprego ou atua na informalidade, tem renda insuficiente e não consegue juntar recursos para a aposentadoria. O presidente da Anapar destacou o extrato populacional dos “nem-nem previdenciários”, 61,5 milhões de pessoas que nem contribuem para o INSS nem guardam dinheiro para se aposentar. Pessoas que, no futuro, não terão aposentadoria.

“Tanto a reforma da Previdência quanto as diretrizes para os fundos de pensão precisam levar em conta a realidade cada vez mais difícil das pessoas. Não podemos perder de vista a finalidade do benefício previdenciário, que é a proteção, a garantia de dignidade”, disse Carvalho.

O conselheiro deliberativo eleito da Previ, Wagner de Sousa Nascimento, falou a respeito dos impactos da CGPAR 25 sobre os planos da Previ, enquanto o presidente da Afubesp, Camilo Fernandes, abordou a recente alteração estatutária imposta pelo Santander ao Banesprev, apesar da manifestação contrária da assembleia de participantes, instância com poder de deliberação sobre a matéria.

Fonte: Contraf-CUT

Presidente do banco ordenou que seja feita provisão de R$ 7 bi para cobrir supostas perdas com dívidas duvidosas; manobra esconde lucro e reduz PLR dos empregados

O presidente da Caixa Econômica Federal, Pedro Guimarães, segundo informações divulgadas pela agência de notícias Reuters, pediu para que seja feita provisão extraordinária de aproximadamente R$ 7 bilhões para perdas esperadas com calotes na carteira de financiamento imobiliário e a desvalorização de imóveis retomados pelo banco.

Uma análise feita pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) mostra, porém, que a inadimplência média na carteira imobiliária é muito menor do que a dos demais bancos. “O Banco Central define as regras para a provisão para dívidas duvidosas. Mas, os dados do balanço do terceiro trimestre de 2018 apresentam uma inadimplência muito pequena. Não existe motivo para uma provisão tão grande”, disse a economista Vivian Rodrigues, da subseção do Dieese na Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT).

A análise do Dieese revela ainda que, em setembro de 2018, a inadimplência na carteira da Caixa era de 2,4%. No conjunto dos bancos a inadimplência na época estava em 3%. Em março de 2017, a diferença era de mais de um ponto percentual. Na Caixa a inadimplência era de 2,8%, contra 3,9% no conjunto dos bancos. “A inadimplência sempre foi menor na Caixa”, observou a economista do Dieese.

Se a medida for efetivada, o lucro líquido da Caixa será de menos de R$ 10 bilhões. “Isso quer dizer que esta manobra forçará um prejuízo estrondoso no último trimestre de 2018, pois no terceiro trimestre o banco já havia apresentado um lucro líquido de R$ 11,5 bilhões”, explicou Vivian. “Imóveis são resgates para o banco negociar depois e tentar amenizar as carteiras que já caíram a prejuízo. Ele não pode misturar as duas coisas e provisionar por algo que nem está mais na carteira”, finalizou ao lembrar que o provisionamento diz respeito à carteira ativa do banco.

Privatização
Para a presidenta da Contraf-CUT, Juvandia Moreira, a manobra é, no mínimo, suspeita. “Por que ele quer esconder o lucro do banco?”, questiona a dirigente da Contraf-CUT. “Um lucro alto da Caixa deixaria claro que não há motivo para vender qualquer ativo da instituição. Isso atrapalharia o jogo que se faz, para prejudicar a imagem do banco público. Se a Caixa lucra tanto, pra que privatizar?”, observou a presidenta da Contraf-CUT.

banco já anunciou a intenção de vender diversos de seus ativos e passar o controle das operações com seguros, cartões, gestão de recursos e loterias. “Faz parte do jogo de reduzir a participação da Caixa no mercado e abrir espaço para os bancos privados ganharem mais ou mesmo de abrir um vácuo que deixará a população sem o devido atendimento bancário. Atuando desta forma, a Caixa, assim como os bancos privados, deixa de cumprir as obrigações sociais que tem como instituição do sistema financeiro nacional”, completou a presidenta da Contraf-CUT.

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Prejuízo aos empregados
Os empregados da Caixa também não ficaram nada satisfeitos com a notícia. Depois de darem duro para cumprir as metas de uma grande campanha comercial realizada pelo banco em 2018, eles esperam ter seus esforços recompensados por meio da Participação nos Lucros ou Resultados. Mas, com uma provisão para cobrir dívidas duvidosas (PDD) que pode chegar a R$ 7 bilhões, o esforço dos empregados terá sido em vão.

“Essa manobrar desmerece todo o esforço e trabalho dos empregados, que não apenas atingiram a meta de proposta de R$ 9 bilhões em campanha institucionalizada pela empresa, como a superamos”, ponderou a empregada da Caixa Fabiana Proscholdt, que é secretária de Cultura e representante da Contraf-CUT na mesa de negociações com o banco.

“Já havia uma previsão de que o lucro da Caixa chegaria a algo próximo de R$ 15 bilhões. Isso geraria uma boa recompensa aos trabalhadores. Mas, se esta provisão for realmente realizada, as perdas para os funcionários serão proporcionalmente ‘extraordinárias’”, disse o coordenador da Comissão Executiva de Empregados (CEE) da Caixa, Dionísio Reis. “Além de ser mais uma artimanha privatista do presidente Pedro, já conhecido como Lobo de Wall Street pelos empregados, que não o suportam mais, está fraudando o compromisso de reconhecimento dos trabalhadores do banco público, o que não será aceito pelos empregados ”, disse Dionísio.

“A Caixa é uma empresa 100% pública e termos superado a meta mostra que empresa pública é sim competente e rentável, diferente do que alguns colocam pra poder justificar as privatizações”, completou Fabiana. “Estamos acompanhando toda essa especulação e vamos tomar as providências necessárias para resguardar os direitos dos empregados e a empresa”, concluiu.