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Diagramação: Marco Scalzo
Diretora de Imprensa: Vera Luiza Xavier
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Protestos, em todo o país, são realizados contra a celebração do golpe militar de 64. No Rio, mais de 4 mil pessoas participam do ato, na Cinelândia
A tarde do último domingo (31) foi marcada por atos em diversas cidades do Brasil, 55 anos depois do golpe militar de 1964. Partidos políticos e centrais sindicais convocaram a população para ir às ruas em protesto contra a celebração da deposição do presidente João Goulart e da implantação do autoritarismo, através do Regime Militar, período marcado por tortura, censura, prisões e assassinatos de trabalhadores, estudantes, sindicalistas e líderes políticos que se opunham à ditadura. O protesto ganhou força após o Presidente da República, Jair Bolsonaro, convocar as Forças Armadas para celebrar o golpe.
“Este não é apenas um protesto contra a ditadura militar que durou 21 anos, mas também contra o viéis autoritário do governo Bolsonaro e o atentado contra o estado democrático de direito por parte da Justiça e do Ministério Público Federal”, disse o vice-presidente do Sindicato, Paulo Matiletti.
Memória de Palhano
No Rio de Janeiro cerca de 4 mil pessoas se reuniram na Cinelândia, para uma manifestação repudiando os “anos de chumbo”, lembrando que mais de 434 pessoas morreram no período e diversas outras foram perseguidas ou castigadas pelos militares. O ato, realizado no palco histórico de muitos protestos contra a ditadura e em defesa da democracia e enfrentamento da violência e repreensão durante os 21 anos dos militares no poder, foi organizado por partidos de esquerda, centrais sindicais, além do MST, UNE e OAB. O Sindicato participou da atividade, lembrando o bancário e ex-presidente da entidade, Aluízio Palhano, dado como desaparecido desde 1971 pelo Regime Militar, mas cujos restos mortais foram encontrados pela Comissão Especial sobre Mortos e Desaparecidos Políticos e o Grupo de Trabalho Perus (GTP), em dezembro do ano passado.
Atos pelo Brasil
Em São Paulo a manifestação ocorreu na Praça da Paz, no Parque do Ibirapuera, enquanto em Porto Alegre (RS) os militantes se concentraram no Parque da Redenção. Já no Ceará, uma aula pública na praia de Iracema, Fortaleza, registrou o comparecimento de aproximadamente 500 pessoas. Em Minas Gerais e Brasília (DF) também ocorreram marchas em protesto ao regime autoritário e em memória às vítimas.
Confira na página 2, o artigo da presidenta do Sindicato, Adriana Nalesso, sobre o tema.
Rio de Janeiro, 2 de abril de 2019.
ADRIANA DA SILVA NALESSO
Presidenta
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Lembra daquela balela do governo Temer de que a Reforma Trabalhista iria fazer a economia crescer e gerar mais empregos? Não é que o governo Bolsonaro usa a mesma conversa fiada para aprovar a Reforma da Previdência? No entanto, os números mostram que as políticas econômicas dos dois governos só fazem a crise se aprofundar. O desemprego no país foi de 12,4%, em média, no trimestre encerrado em fevereiro, de acordo com dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). O índice subiu em relação ao trimestre anterior (11,6%) pela segunda vez seguida. Na comparação com o mesmo período do ano passado (12,6%), o resultado foi considerado estável. Segundo o IBGE, o número de desempregados no Brasil foi de 13,1 milhões de pessoas. Isso representa alta de 7,3% em relação ao trimestre anterior. Na comparação com o mesmo período de 2018, houve estabilidade. A última vez que esse número ficou na casa dos 13 milhões foi no trimestre encerrado em maio de 2018. O desemprego entre jovens triplicou, atingindo 27,2% no ano passado.