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Terça, 30 Abril 2019 17:19

Bancário - Edição Especial

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Segunda, 29 Abril 2019 20:53

Resistir é preciso

Tentam nos convencer que não somos trabalhadores no sentido amplo da palavra. Os banqueiros usam vários adjetivos como “colaboradores” e “sócios” como se fôssemos co-proprietários com obrigação de garantir a existência da empresa e a lucratividade do patrão. Além disso, tentam também passar uma falsa imagem, como mostrar, por exemplo, que ser trabalhador PJ – Pessoa Jurídica - é bom. Como assim é bom, se um pejotizado não tem direito a 13º salário, contribuição previdenciária, férias remuneradas, tickets refeição e alimentação entre tantos outros direitos que nós conquistamos durante anos de luta?
Em outros momentos, também tentam persuadir o trabalhador que ser empreendedor é uma grande vantagem. O que nem sempre é verdade. Na realidade, muitos desses empreendedores são empresas individuais que sequer têm apoio do governo e muito menos uma política direcionada com taxas de juros menores, por exemplo, como acontece com as grandes empresas. Somos trabalhadores e não empresários ou banqueiros. Não especulamos no mercado tendo lucro fácil com taxas de juros altas, recebemos salários.
O Brasil está sendo transformado em um país sem oportunidades de trabalho, com 13 milhões de desempregados e quase 5 milhões de desalentados, pessoas que cansaram de procurar emprego e desistiram porque não conseguiram uma colocação no mercado de trabalho formal.
Estamos em um momento em que o trabalhador não é valorizado, tem as relações de trabalho precarizadas. Não há perspectivas para ampliação dos investimentos objetivando gerar empregos ou dando oportunidade para que empresas cresçam e se desenvolvam.
Os ataques aos nossos direitos começaram com a aprovação da reforma Trabalhista, quando há um ano e meio a legislação trabalhista foi retalhada trazendo muitos benefícios aos empresários e banqueiros e perdas irreparáveis para o trabalhador. Agora, enfrentamos e resistimos a aprovação da reforma da Previdência, onde se aposentar está prestes a se tornar artigo de luxo. 
Comemorar o Dia do Trabalhador não está sendo possível, mas não podemos deixar de notar e valorizar que o nosso acordo coletivo, diferente de outras categorias de trabalhadores, possui direitos bem acima da lei, porque somos trabalhadores, não empreendedores, enfim, não somos empresários.
Neste 1° de maio, antes de mais nada quero dar um viva a trabalhadora e ao trabalhador bancário e aos muitos direitos que conquistamos com nossa luta e resistência.

Adriana Nalesso – Presidenta do Sindicato dos Bancários do Rio

Nesta terça-feira, dia 30 de abril, o Sindicato realiza manifestação pelo Dia Mundial em Memória das Vítimas de Acidentes de Trabalho (28 de abril), às 11 horas, em frente ao Metrô da Carioca. Na quarta-feira, 1º de maio, na Praça Mauá, os bancários participam, junto com outras categorias, dos protestos do Dia do Trabalhador, contra a Reforma da Previdência, o desemprego e os ataques aos direitos trabalhistas.

Beneficiários do Previ-Banerj devem enviar documentos exclusivamente por email. Pedido foi feito por parlamentares que lutam por direitos de banerjianos
O Sindicato convoca todos os banerjianos beneficiários do PL3213 a enviarem ao Sindicato, exclusivamente pelo email Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo., dados e a documentação necessária para realizar uma simulação dos valores corrigidos do saque da reserva de poupança e de quanto cada banerjiano tem direito a complementação da aposentadoria da Previ-Banerj a fim de que seja calculado o impacto financeiro do projeto aos cofres públicos do Estado. As informações serão colhidas a pedido dos parlamentares que lutam pela aprovação da proposta junto à Assembléia Legislativa. 
“É importante destacar que a coleta desses dados é apenas para que seja realizada uma simulação com o objetivo de fundamentar os argumentos em defesa do projeto junto à Secretaria Estadual da Fazenda. O não envio dos dados não exclui o beneficiário do projeto, assim como, para quem enviar, não garante o direito, que dependerá da derrubada do veto do governo estadual”, explica o diretor do Sindicato, Ronald Carvalhosa. 
Prazo para o envio
O PL3213 prevê que os antigos funcionários do Banerj que sacaram suas reservas de poupança, possam recuperar seus direitos previdenciários, mediante a devolução dos recursos recebidos, com a devida correção monetária, uma antiga reivindicação dos bancários. 
Confira  a documentação necessária para a simulação. O envio só deve ser feito com toda a documentação solicitada. Os beneficiários têm até o dia 31 de maio, impreterivelmente, para enviar a documentação por email.

Documentação necessária para a simulação

(Enviar para o email Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.)
• Contra-cheque do Banerj de dezembro de 1996
• Os dois recibos de devolução da reserva de poupança
• Espelho do INSS de abril de 2019
• Data de admissão no banco e na Previ-Banerj
*A documentação tem de ser enviada, impreterivelmente, até o dia 31 de maio de 2019

Uma prática comum de bancos e empresas é deixar o trabalhador sem função e ignorá-lo. Este tipo de procedimento é assédio moral. Esta é a conclusão da 6ª Turma do Tribunal Superior do Trabalho, que condenou uma empresa de consultoria com filial em Aracaju, no Sergipe, a pagar indenização no valor de R$5 mil a uma auxiliar de departamento pessoal. A profissional acusou a empresa por assédio moral por ter sido ignorada pela gerente, que a deixou sentada no sofá, sem indicar local de trabalho, durante dois dias no início da contratação. 
Prática comum
No caso dos bancos há vários casos deste tipo, especialmente quando o bancário volta de um período de licença médica. 
“Temos recebido várias denúncias de casos como este no Bradesco. Desprezar o funcionário e deixa-lo sem uma função específica é assédio moral e a Justiça Trabalhista tem confirmado o que há muito tempo o movimento sindical denuncia”, disse o diretor do Sindicato dos Bancários do Rio, Leuver Lindolff. 
Na decisão TST, o relator, ministro Augusto César Leite de Carvalho, observou que “a atitude da empresa configura afronta à dignidade humana, aliada ao abuso de poder diretivo do empregador”. 
A diretora do Sindicato, Nancy Furtado, lembra que os bancários que sofrerem esta ou outra forma de assédio devem ligar para a Secretaria de Bancos Privados da entidade para que sejam tomadas as devidas providências. 
“O Bancário não deve aceitar passivamente esta situação, mesmo que esteja sendo pressionado. Uma de nossas reinvindicações históricas é exatamente o tratamento humano e readaptação do funcionário que retorna da licença médica. Um banco que acaba de bater recorde de lucros pode e tem a obrigação social de fazer isto, tratando seus funcionários com dignidade”, afirma. 
O Bradesco lucrou R$6,2 bilhões no primeiro trimestre deste ano, um crescimento de 22,3% se comparado ao mesmo período do ano passado.

O Sindicato realizará nos dias 14 e 15, terça e quarta-feira respectivamente, mais uma nova edição do curso Programa Paternidade Responsável, oferecido gratuitamente para bancários sindicalizados que serão pais e necessitarão de certificação para usufruir dos 20 dias da licença paternidade.
As aulas serão ministradas na Avenida Presidente Vargas, 502, 21º andar, Centro, de 18h30 às 21h30. Para mais informações, ligue para o telefone 2103-4170.