Segunda, 26 Agosto 2024 18:44

Termina sem grandes avanços a terceira rodada de negociação com o BNDES

Sede do BNDES no Rio de Janeiro. Foto: Nando Neves. Sede do BNDES no Rio de Janeiro. Foto: Nando Neves.

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Imprensa SeebRio

Terminou sem grandes avanços a terceira rodada de negociação voltada para a assinatura do acordo coletivo de trabalho específico dos empregados do Sistema BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social). O encontro, na tarde desta segunda-feira (26/8), foi híbrido, sendo a parte presencial, na sede do banco, no Rio de Janeiro, dele participando dirigentes das associações de funcionários e do Sindicato dos Bancários e Financiários do Rio de Janeiro.

“Não houve avanços significativos, no entanto, os representantes do BNDES se comprometeram a já iniciar os ajustes de redação das cláusulas cujas reivindicações tiveram sinalização positiva”, avaliou Rogério Campanate, diretor da Secretaria de Bancos Públicos do Sindicato. Acrescentou que as cláusulas econômicas, de um modo geral, não tiveram avanços já que o BNDES, assim como os demais bancos públicos federais, aguarda o desfecho das negociações que estão sendo feitas na mesa única, entre o Comando Nacional dos Bancários e a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), para a renovação da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT).

Segundo Campanate, a pauta de reivindicações apresentava alterações de cláusulas assistenciais, ou mesmo propostas de novas cláusulas assistenciais, dentre elas o vale-transporte, integralmente custeado pela empresa, e as gratificações salarial e salarial especial, cuja argumentação dos representantes do banco é de que não há possibilidade de avanço por diversas razões, especialmente pela falta de perspectiva de autorização da Secretaria de Coordenação e Governança das Empresas Estatais (Sest).

Já em relação às conquistas que constam do acordo, o banco não manifestou qualquer óbice à manutenção. “Se mostrou, também, bastante receptivo às cláusulas que já constam na CCT dos bancários, notadamente as que tangem à extensão dos direitos aos casais homoafetivos, combate aos assédios sexual e moral e as iniciativas de prevenção à violência contra a mulher”, frisou o dirigente bancário. “Está ainda em análise a proposta de cláusula de afastamento especial em caso de internação hospitalar da mãe ou do recém-nascido, que contempla a maternidade e a paternidade do bebê prematuro”, afirmou.

Como existe a perspectiva de que a negociação da CCT seja finalizada ainda essa semana, as próximas rodadas de negociações com o BNDES devem ocorrer de 2 a 6 de setembro. “Desta vez já contemplando o debate das cláusulas econômicas”, adiantou Campanate.

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