Quinta, 22 Agosto 2024 13:41

Fenacrefi insiste em não conceder aumento real e Contraf-CUT rejeita proposta na mesa de negociação

Geraldo Ferraz (terceiro à esquerda) na negociação dos financiários, em São Paulo: é preciso garantir direitos e aumento real para os financiários Geraldo Ferraz (terceiro à esquerda) na negociação dos financiários, em São Paulo: é preciso garantir direitos e aumento real para os financiários Foto: Contraf-CUT

Carlos Vasconcellos 

Imprensa SeebRio 

Com informações da Contraf-CUT 

A Federação Interestadual das Instituições de Crédito, Financiamento e Investimento (Fenacrefi) seguiu a mesma linha de intransigência da Fenaban (Federação Nacional dos Bancos) e continua a desrespeitar os direitos dos financiários, insistindo em propostas que não atendem aos trabalhadores. 

A Fenacrefi manteve a proposta previamente rejeitada, que prevê o pagamento de Participação nos Lucros e Resultados (PLR) de até 5% do lucro da empresa, com teto de 1,8 salário. Essa oferta, caso aceita, reduziria os ganhos de trabalhadores que possuem salários mais baixos e que, frequentemente, são os que mais se dedicam.

Além disso, as financeiras mantiveram o índice de reajuste salarial correspondente a apenas 80% do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), limitando a recomposição total apenas aos vales refeição e alimentação, o que foi prontamente recusado pelo Coletivo Nacional dos Financiários da Contraf-CUT. .

O movimento sindical reafirmou que não abre mão do aumento real para a categoria, assim como para os bancários. 

O diretor executivo da Secretaria de Bancos Privados do Sindicato do Rio, Geraldo Ferraz, reafirmou a importância de ganhos reais para a categoria. 

"O ganho real é uma conquista fundamental da qual não abrimos mão e o sistema financeiro é o setor mais lucrativo do Brasil e que pratica os maiores lucros do mundo. Eles têm dinheiro para atender as reivindicações da minuta entregue à Fenacrefi", disse o diretor executivo da Secretaria de Bancos Privados do Sindicato do Rio, Geraldo Ferraz. 

Cláusulas sociais

Apesar de ter acenado positivamente para algumas das reivindicações dos trabalhadores, a Fenacrefi não apresentou uma redação final das cláusulas sociais para aprovação e inclusão na Convenção Coletiva de Trabalho (CCT).

Jair Alves, coordenador do Coletivo Nacional dos Financiários, destacou a necessidade de uma proposta concreta.

"Eles sinalizaram positivamente para os pontos, mas não podemos avançar sem a redação final que fará parte da CCT", esclareceu. 

 

As negociações estão previstas para serem retomadas daqui a duas semanas, no dia 5 de setembro.

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