EXPEDIENTE DO SITE
Diagramação: Marco Scalzo
Diretora de Imprensa: Vera Luiza Xavier
A crise econômica e os prejuízos da Reforma Trabalhista atingem a todos os brasileiros. Porém, em meio a tanta adversidade, a boa notícia é que o tempo mostrou que foi acertada a estratégia do Sindicato e da Contraf-CUT de firmar um acordo de dois anos que garante os direitos previstos na Convenção Coletiva de Trabalho e impede as consequências devastadoras da nova legislação trabalhista sobre a qualidade do emprego. O êxito do acordo ganhou espaço na imprensa e tornou-se referência para outras categorias.
“Além de preservarmos as conquistas de nossa Convenção Coletiva, garantimos um reajuste que, apesar de estar longe do que merece a categoria e lucram os bancos, ficou acima da média nacional”, explica a presidenta do Sindicato do Rio, Adriana Nalesso. Os bancários conquistaram 5% de reajuste, em 2018, sendo 1,31% de ganho real, ou seja, acima da inflação.
Manifestação dia 22
Para enfrentar novas medidas contra o trabalhador, como a reforma da Previdência – o governo Bolsonaro negocia com a equipe de Temer a possibilidade de aprovar, ainda este ano, o projeto de Reforma da Previdência, que torna ainda mais difícil o direito dos brasileiros se aposentarem, e o anúncio do fim do Ministério do Trabalho, os trabalhadores organizam uma grande reação popular. A CUT, Força Sindical, CTB, Intersindical, CSB, CSP-Conlutas, NCST, UGT e CGTB lançaram na segunda-feira (12), no auditório da Escola Dieese de Ciências do Trabalho, em São Paulo, um documento com princípios gerais que garantem a universalidade e o futuro da Previdência e da Seguridade Social. Também foram confirmadas mobilizações contra o fim da aposentadoria nos dias 22 e 26 deste mês.
Confira, em nosso site (bancariosrio.org.br), na íntegra, o documento das centrais com propostas para a Previdência e Seguridade Social, garantindo o direito dos brasileiros à aposentadoria.
Acabar com o Ministério do Trabalho é um retrocesso sem precedentes. Este governo eleito é a continuidade do anterior, e quer fazer com o Trabalho como foi feito com o Ministério da Previdência. Ou seja, desarticulou as políticas sociais e todo o trabalho desenvolvido pela pasta.
Paulo Paim - Senador (PT-RS)
A equipe do economista e banqueiro Paulo Guedes, futuro superministro da área econômica do governo Bolsonaro, anunciou a intenção de fusão do Banco do Brasil com o Bank of America. O objetivo seria o de “tornar a economia brasileira mais aberta e liberal”, propondo a associação do maior banco brasileiro com o líder do setor bancário norte-americano. A informação foi publicada no site Poder 360, conhecido por suas posições em prol do mercado e do liberalismo econômico. Segundo a notícia, Guedes acredita que a fusão abriria a porta para instituição estrangeira atuar no Brasil e assim “aumentar a competição no setor bancário”, altamente concentrado. Ao mesmo tempo, o Banco do Brasil iria para os EUA e levaria seu expertise para lidar com o público latino.
Falta de crédito?
Para o economista, o Brasil tem um problema crônico de “falta de crédito”. É estranha a contradição do argumento do banqueiro fundador do Banco BGT Pactual, pois são exatamente os bancos públicos que oferecem a maior parte do crédito para o desenvolvimento econômico e social, através de crédito habitacional, para agricultura familiar, programas de distribuição de renda e crédito educativo.
“Uma coisa é certa: o BB não vai passar incólume pelos 4 anos do governo de Jair Bolsonaro”, diz a matéria, que desmitifica a crença de quem dizia não acreditar que o governo eleito pautaria a privatização do BB e da Caixa.
Guedes queria Alexandre Bettamio, presidente do Bank of America para a América Latina, para presidência do BB, mas o executivo não aceitou.
“A proposta de fusão confirma nossas denúncias, durante a campanha eleitoral, de que Bolsonaro tem como uma de suas prioridades, privatizar as instituições públicas, e está claro com estas declarações que o Banco do Brasil está na mira do projeto privatista. É preciso fortalecer a mobilização para garantir o emprego dos funcionários e o papel social que somente um banco público tem interesse em exercer”, afirma Rita Mota diretora do Sindicato e membro da COE (Comissão de Empresa dos Empresa).