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Diagramação: Marco Scalzo
Diretora de Imprensa: Vera Luiza Xavier
Embora o presidente eleito, Jair Bolsonaro, tenha afirmado, ainda durante a campanha, em outubro, que não pretende privatizar o Banco do Brasil (BB) e a Caixa Econômica Federal, os sinais apontam para o sentido oposto. Analistas do mercado dão como certo que o novo governo vai radicalizar a política de Michel Temer, em redução de direitos do trabalhador e venda das instituições públicas. O superministro da economia, Paulo Guedes, que ainda na campanha eleitoral anunciou que defende “a privatização de todas as estatais”, confirmou esta semana, a criação de uma Secretaria de Privatizações, a ser chefiada por Salim Mattar fundador da empresa de locação de automóveis Localiza.
Na Caixa, privatista investigado
O nome confirmado para a presidência da Caixa Econômica Federal é o de Pedro Guimarães. Sócio do Banco de Investimento Brasil Plural, atua há mais de 20 anos no mercado financeiro na gestão de ativos e reestruturação de empresas. Deverá iniciar sua gestão na CEF pela venda da área de cartões de crédito e seguros.
O que mais se destaca na relação profissional de Guedes e Guimarães é o fato de estarem sendo investigados pela Operação Greenfield, do Ministério Público e Polícia Federal, acusados de envolvimento em aplicações especulativas e fraudulentas que causaram grandes prejuízos aos fundos de pensão de diversas estatais, entre as quais a Fundo de Pensão do Pessoal da Caixa Econômica Federal (Funcef).
Para o vice-presidente do sindicato Paulo Matileti, “pelo que estamos assistindo, está sendo preparada uma invasão de ‘piratas’ do mercado financeiro nas empresas e bancos públicos, visando através das privatizações, acabar com estas instituições e seu caráter social e impedir a continuidade das investigações em andamento sobre as irregularidades nos fundos de pensão”. O dirigente convoca o funcionalismo a se mobilizar junto aos sindicatos e demais entidades de representação para barrar essas medidas privatistas que em nada colaboram para a geração de empregos e o crescimento econômico e social do país.
Esquartejando a Caixa
O presidente da Federação Nacional dos Associados da Caixa (Fenae), Jair Pedro Ferreira, lembra que como parte do projeto de privatização, já se assiste no governo Temer ao esquartejamento da CEF que vai se aprofundar com Bolsonaro. Lembra que desde 2014 foram cinco programas de demissão ou de aposentadoria. “Perdemos 16 mil vagas de trabalho nos últimos três anos”, lembrou. O banco anunciou agora mais um programa de desligamento de empregados (PDE) com o objetivo de cortar mais 1.626 postos de trabalho.
Frisou que os bancos públicos têm papel importante na sociedade. “Quem é que vai executar os programas sociais no país se forem privatizados?”, questionou. “A Caixa tem quase 40% das suas receitas provenientes de programas sociais, da gestão do FGTS. Quando tiro isso da empresa pública perco a possibilidade de fiscalização. É preocupante porque todos os sinais que estão dados, com a indicação do novo presidente, que tem histórico de retirar o papel das empresas públicas, a visão de que isso tem de ser papel dos bancos privados”. Jair se refere à confirmação de que Pedro Guimarães, um especialista em privatizações, presidirá o banco a partir de 2019.
Como Guimarães, o futuro presidente do Banco do Brasil, Rubem Novaes, é formado na Universidade de Chicago (EUA), berço do liberalismo econômico.
Defende as privatizações e, à frente do BB, deve iniciar a gestão já promovendo a venda do braço de investimento da instituição, seguindo a diretriz definida por Guedes de retirar os bancos públicos de todos os negócios bancários que geram competição com os bancos privados. O objetivo final do ministro da economia de Bolsonaro é de privatizar o maior banco público do Brasil.
“O BB é voltado para o desenvolvimento, através, principalmente, da concessão de financiamento a juros menores à agricultura e às micro, pequenas e médias empresas, mesmo tendo nos últimos anos, se voltado para o mercado. Colocar o BB nas mãos do setor privado é abrir mão deste importante papel”, afirmou Rita Mota, diretora do Sindicato e membro da Comissão de Empresa dos Funcionários. A sindicalista lembrou que a privatização além de acabar com a função social, acarreta a perda dos postos de trabalho, e que, por tudo isto, é preciso a união do funcionalismo para resistir a este duro ataque.
Na última sexta-feira (23/11) a Secretaria de Políticas Sociais do Sindicato promoveu ato público às 12 horas na avenida Rio Branco, Centro, para convocar a sociedade carioca a refletir sobre a importância de combater o preconceito racial e a violência contra a mulher. Os dados estatísticos que desfavorecem o negro no mercado de trabalho, principalmente no setor financeiro, a dificuldade de conseguir um emprego depois da reforma trabalhista, os desafios diante do retrocesso que se avizinha com este futuro governo e memória da resistência de líderes negros no Brasil também foram temas abordados durante a atividade.
Para Almir Aguiar, diretor da Contraf-CUT, o desafio se torna ainda maior quando o governo começa a retirar direitos e os bancos implicam com a contratação de negros para o setor. “Juntos os cinco maiores bancos no Brasil somam um lucro superior a R$ 60 bilhões em nove meses e mesmo assim não contratam negros. Eles se negam a fazer o debate dizendo que não há preconceito, mas quando os números são expostos fica claro a diferença”, ressalta.
Discriminação de gênero
O papel das mulheres na sociedade brasileira é fundamental e isso deveria ser uma realidade nas agências, pois as bancárias quase não ocupam cargos de comando e em média recebem menos que os homens. As mulheres negras sofrem duas vezes mais, pela discriminação e pela resistência que enfrentam para serem inseridas nos bancos. Kátia Branco, diretora de Políticas Sociais do Sindicato, frisou que o ato teve como uma de suas principais funções questionar os bancos na admissão de mulheres e negras. “Exigimos mais mulheres nas agências, mais negras. A mulher sofre preconceito de gênero, ainda mais se for negra. Isso tem que acabar. Basta olharmos para os altos cargos dos bancos e veremos que realmente existe a diferença de tratamento”, afirmou.
A presidenta do Sindicato, Adriana Nalesso, reforçou durante a manifestação a importância do ato e defendeu o combate a todo o tipo de discriminação. “Estamos aqui para denunciar esse tipo de preconceito, os negros merecem respeito e oportunidade. Uma recente pesquisa do Banco do Brasil, que é um banco público e possui mais de cem mil funcionários, revela que apenas 2% são negros. Mas se olharmos para as demissões do banco, eles são os primeiros que encabeçam a lista. A sociedade precisa saber disso, todos temos sangue vermelho e somos humanos, precisamos combater esse crime”, afirma.
A atividade reuniu a Contraf-CUT, Fetraf-RJ/ES e o Sindicato dos Bancários. Foi ressaltada a memória de líderes negros que têm um papel fundamental na história da construção da identidade do Brasil, como Zumbi dos Palmares, André Rebouças e João Cândido, todos mencionados por Almir Aguiar em seu discurso.
Os números do Dieese sobre a discriminação
Os dados são assustadores para a população negra no Brasil, que hoje representa 54% das pessoas que vivem em nosso país. Apenas 12,8% dos estudantes de nível superior são negros enquanto eles correspondem a 64% da população carcerária. Na última década a porcentagem de mulheres negras assassinadas aumentou 15,4%, confirmando a estatística que a cada dez pessoas mortas, sete são negras. A discriminação com negros e mulheres se estendem para o ambiente de trabalho, onde são vítimas de preconceito, raramente ocupam cargos de chefia e são os primeiros na lista de demissões dos bancos. Somente 3,4% dos empregados bancários são negros, enquanto as mulheres recebem em média 23% a menos que os homens no setor financeiro, segundo os dados do Dieese.
Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos Bancários e Financiários do Município do Rio de Janeiro, com CNPJ sob o n.º 33.094.269/0001-33, por sua presidenta abaixo assinada e no uso de suas atribuições legais e estatutárias, convoca todos os seus sócios empregados em estabelecimentos bancários da base territorial deste município, para a Assembléia Geral Ordinária que se realizará dia 29 de novembro de 2018, às 18:00 h, em primeira convocação, e às 18:30 h, em segunda convocação, no endereço à Av. Presidente Vargas, n.º 502 21 º andar (auditório), para discussão e deliberação acerca da seguinte ordem do dia:
1. Discussão e deliberação sobre a proposta de previsão orçamentária anual para o exercício 2019;
Rio de Janeiro 27 de novembro de 2018.
Adriana da Silva Nalesso
Presidenta
Neste sábado (24) os últimos dois jogos restantes para a categoria amadora da Copa Bancária foram disputados na sede Campestre, confirmando as equipes do Bradesco Siqueira Campos e Bradesco Resenha nas semifinais da competição. Ambas se juntam aos já classificados Itaú Brahmeiros e o time sensação do Bracelona.
A primeira partida do dia foi a goleada do Bradesco Siqueira Campos sobre o Itaú Amigos por 4 a 2. A organização do vencedor foi a marca da partida. O time do Bradesco compareceu com elenco completo e prevaleceu dentro de campo. Está com o passaporte carimbado para a semifinal. O Itaú Amigos sofreu com os desfalques tendo que colocar o seu treinador João Vasconcelos para jogar, fazendo um dos gols da equipe, porém não sendo o suficiente para levar o time mais longe no torneio. Os gols foram de Rogério Faria (2 gols), Maurício Fortunato e Jonathan Nogueira, pelo Siqueira Campos; e João Vasconcelos e Alex Machado, do Amigos.
Já o jogo entre Real União e Bradesco Resenha foi o mais acirrado do dia. Mostrou a força do Resenha, o último semifinalista classificado que venceu por 2 a 1, apesar da ausência do seu destaque, o atacante Rodrigo Macedo. Luiz Theodozio tentou todas alternativas à beira do campo para furar o bloqueio do adversário, mas não obteve sucesso. Gols de Leandro Barros e Nicolas Souza, pelo Resenha; e Diogo Machado, pelo União.
As semifinais da categoria amadora serão no mesmo dia dos jogos veteranos que também estão na última fase antes da final, no próximo sábado. Decidindo a semifinal veterana, às 8h30 o Bradesco Guerreiros joga contra o Real Amigos e em seguida, às 9h30 o jogo será entre Real União e Unibanco Uniamigos. O amador começa às 10h30 com o Bradesco Bracelona enfrentando o Bradesco Resenha. Fechando a manhã de jogos, às 11h30 o Itaú Brahmeiros duela contra o Bradesco Siqueira Campos em busca da vaga na final.
“Assédio Moral nas Instituições Bancárias” é o tema do ato público que acontece dia 28 de novembro, das 13h às 16h15, no auditório do Tribunal Regional do Trabalho do Rio de Janeiro (Rua da Imprensa, sem número, Centro). Além do TRT/RJ, participam da organização o Sindicato dos Bancários, o Programa Nacional de Acidentes de Trabalho da Justiça Trabalhista e o Ministério Público do Trabalho.
Como parte da atividade, haverá debate sobre assunto do qual, além da presidenta do Sindicato, Adriana Nalesso, farão parte o professor da Universidade de Campinas (Unicamp), da Fundação Getúlio Vargas e da Sorbone, Roberto Heloani; e o diretor da Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), Adauto Duarte. As inscrições podem ser feitas no site www.trt1.jus.br/formulario-incriçao.
O objetivo é aprofundar o debate sobre o tema. O assédio moral no trabalho pode causar danos psicológicos irreversíveis. Nas instituições bancárias, esse é um tema real e os números, apesar de pouco conhecidos, são alarmantes. Pesquisa divulgada por especialista da Universidade de Brasília (UnB) já demonstrou que, pelo menos uma vez ao dia, um bancário tenta suicídio. Entre 1993 e 2005, a cada 20 dias, um deles conseguiu tirar a própria vida.
Como resultado da mobilização dos trabalhadores e das entidades representativas, o governo Temer fracassou em mais uma tentativa de privatizar a Loteria Instantânea Exclusiva (Lotex), administrada pela Caixa. Quatro dias após a Fenae ajuizar Ação Civil Pública (ACP) para barrar o processo, o leilão, que estava previsto para ocorrer nesta quinta-feira (29), foi adiado para 5 de fevereiro de 2019. O presidente da Fenae, Jair Pedro Ferreira, avalia positivamente o adiamento, mas alerta que a luta continua. “Foi uma importante vitória da resistência. Precisamos aproveitar o tempo que ganhamos para reforçar ainda mais a mobilização. A venda da Lotex abre forte precedente para a entrega de outros setores das loterias e da própria Caixa”, afirma.
O Santander irá pagar a 13ª cesta alimentação aos funcionários no próximo dia 30, a data-limite. O benefício é uma conquista dos trabalhadores na Campanha Nacional de 2007 e está assegurada para 2018 e 2019 na Convenção Coletiva de Trabalho (CCT), assinada com a Fenaban.
O valor é de R$609,88, extensivo também à bancária que se encontra em gozo da licença-maternidade na data da concessão. O funcionário que se encontra afastado por acidente de trabalho ou doença também tem direito desde que, na data da concessão, esteja afastado do trabalho há menos de 180 dias.
As datas das negociações das mesas temáticas neste ano foram definidas em reunião entre o Comando Nacional dos Bancários e a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), na última quinta-feira (22), em São Paulo. Além das já existentes foi criada, na Campanha Nacional 2018 para os próximos anos, mais uma mesa de trabalho, a de “Relações sindicais”.
Nas mesas temáticas são debatidos assuntos muito importantes para categoria, temas específicos não discutidos nas campanhas salariais. Como a Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) tem duração de dois anos, essas reuniões ganham ainda mais importância, já que o objetivo é obter avanços.
Os assuntos
As mesas temáticas são as seguintes: “Igualdade de oportunidades”, discute demandas importantes sobre mulher, negros, pessoas com deficiência e questões relacionadas à população LGBT. “Segurança”, negocia a adoção de dispositivos para aumentar a segurança dos bancários nos seus locais de trabalho.
A que aborda “Saúde e Condições de Trabalho” estuda casos de bancários que sofrem com sobrecarga de trabalho, potencializada com o corte de empregos; cobrança abusiva por metas; assédio moral e outros fatores nocivos à saúde presentes em agências e departamentos. Já a mesa de “Prevenção” tem como finalidade criar políticas de aprimoramento das formas usadas para o combate ao assédio moral e estabelecimento de políticas de prevenção, considerando a natureza das normas que tratam da prevenção de conflitos nos ambientes de trabalho.
Conheça o calendário de negociações:
•12 de março - Igualdade de oportunidades.
•27 de março – Saúde.*
•24 de abril – Segurança.
•Julho – Relações sindicais
*A data da mesa temática da prevenção de conflitos será definida durante o encontro sobre saúde.