Quarta, 06 Junho 2018 16:07

Santander cobra altos juros de serviço, mas dispensa atendimento pessoal

De acordo com a pesquisa realizada pelo movimento sindical do Paraná, Santander é o pior banco para trabalhar. Demissões, assédio e sobrecarga são os principais fatores De acordo com a pesquisa realizada pelo movimento sindical do Paraná, Santander é o pior banco para trabalhar. Demissões, assédio e sobrecarga são os principais fatores

O Banco Santander está entre as cinco maiores instituições financeiras do Brasil, e diante da crise que reflete em toda população, com altos índices de desemprego sendo registrados com mais frequência durante os dois anos de governo de Michel Temer (MDB-SP), o Santander segue contribuindo para o crescimento desse recorde negativo, oferecendo a seus funcionários e clientes condições limitadas para um bom atendimento, resultando na liderança do ranking de “pior banco para trabalhar”, de acordo com a pesquisa do Sindicato do Paraná, e a vice liderança na classificação de reclamações, divulgada pelo Banco Central.

Lucro

Segundo o último levantamento publicado pelo Departamento Intersindical de Estudos Socioeconômicos (Dieese), referente aos três primeiros meses do ano, o Santander registrou um crescimento de 25,4% comparado aos mesmo período do ano passado, lucrando R$ 2,8 bilhões. O aumento de 11,5% das tarifas bancárias impulsionou esse resultado, gerando ao todo R$ 4,1 bilhões para o banco, com prestação de serviços e cobranças de juros.

Cobrando vinte vezes a mais do brasileiro por meio de taxas de empréstimos bancários, o Santander utiliza do Spread alto para alavancar seus resultados. O Spread é a diferença entre o pagamento que o banco realiza ao captar recursos e o valor que a instituição financeira cobra por um negócio, impondo juros na concessão de empréstimos à população brasileira.

Reclamações

Em pesquisa realizada pelo Sindicato do Paraná, o Banco Santander aparece na primeira colocação, confirmando o título de pior banco para trabalhar. O alto número de demissões, assédio moral e sobrecarga na jornada de trabalho figuram entre as maiores reclamações. 32,4% dos funcionários já relataram sofrer algum tipo de assédio, e 26% garantem usar remédios controlados por conta desses ataques praticados por má gestores.

 Levantado pelo BC, o banco espanhol aparece na segunda colocação da tabela que aponta os maiores índices de reclamações, perdendo apenas para a Caixa Econômica Federal.

Aplicativo

O Internet Banking surgiu como uma alternativa para o banco otimizar seus custos, pois o aplicativo não exige atendimento presencial, motivando a prática de demissões cada vez mais comum, por parte da instituição. O direcionamento para a evolução do aplicativo resultando na piora do atendimento de trabalho.

A diferença é evidente quando comparamos com a filial espanhola, que recentemente recebeu Comitê Europeu dos Trabalhadores, e o bom desempenho não se estende para solo americano, principalmente no Brasil, que representa 27% do lucro mundial do banco.

Movimento Sindical

O movimento sindical bancário é contra o projeto de lei que torna obrigatória a participação de todos os consumidores no cadastro positivo (PLP 441/17, do Senado). Com a obrigatoriedade proposta pelo projeto, os gestores de bancos de dados terão acesso a todas as informações sobre empréstimos quitados e obrigações de pagamento que estão em dia. E é essa a defesa no contexto da audiência pública realizada, que não teve a participação de trabalhadores. Com a alteração, todos os consumidores brasileiros que possuem CPF passam a fazer parte automaticamente do cadastro, um banco de dados operado pelo SPC Brasil, com informações sobre o histórico de pagamentos realizados pelos consumidores.

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