Quarta, 06 Junho 2018 20:24

CHEGA DE DEMISSÕES - Funcionários do Santander param contra dispensas no Rio e São Paulo

O Santander usou de intimidações e até do aparato policial, mas não conseguiu impedir o protesto do Sindicato contra as demissões no banco espanhol O Santander usou de intimidações e até do aparato policial, mas não conseguiu impedir o protesto do Sindicato contra as demissões no banco espanhol

O lucro do Santander Brasil em 2017, vale repetir, foi astronômico: R$10 bilhões, ou 26% do resultado mundial do banco espanhol no ano passado. Apesar disso, o banco demite desde o início do ano. Até meados de maio, foram cerca de 100 cortes em São Paulo e 20 no Rio. De lá para cá, houve mais cinco no Rio. Para demitir, o Santander usou de intimidações e falsas promessas para acumular funções e demitir, principalmente, na área de gerência (assistentes comerciais e caixas). 
Paralisação no Rio
Durante a paralisação que os funcionários do call center (Vila Santander Carioca) fizeram na última semana de maio, com o apoio do Sindicato, vigoraram o assédio moral, as ameaças, mais intimidações e ação policial. Como registrou o diretor do Sindicato Marcos Vicente: “A advogada do banco, uma gerente e o coordenador chegaram junto aos funcionários paralisados com postura autoritária, filmando todos e dizendo que o prédio estava aberto e que os bancários e bancárias podiam entrar. Defendemos o nosso direito à greve, retrucando que a atitude da advogada, do coordenador e da gerente se caracterizava como assédio moral”, disse o sindicalista. 
A pressão foi tanta, inclusive, utilizando da PM e de guardas patrimoniais, um dos quais ameaçou os dirigentes sindicais, dizendo-se policial, ameaçando fazer prisão por desacato à autoridade. “Lembramos a esses seguranças patrimoniais que eles não têm poder de polícia ali, onde fazem ´bico` legalizado”, afirmou a diretora do Sindicato Fátima Guimarães.

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