Sexta, 27 Abril 2018 00:00

Sindicato: é preciso resistir à mudança da Barroso

De uma hora para a outra, a mudança do prédio da Avenida Almirante Barroso, passou a ser prioridade para a diretoria da Caixa Econômica Federal. Para o vice-presidente do Sindicato, Paulo Matileti, é preciso resistir, principalmente num momento em que os empregados vêm sofrendo ataques do banco a seus direitos, através da reestruturação, e, ainda com o fechamento de setores e de postos de trabalho.

“Não há o que justifique esta súbita pressa. Nem a mudança em si. O Sindicato chama o funcionalismo da Caixa a resistir a mais este ataque ao patrimônio da empresa”, afirmou. Para o dirigente, a troca de prédio é prejudicial aos empregados que têm que ser ouvidos sobre este processo. E aos clientes das duas agências que servem ao Centro da Cidade: a da Avenida Rio Branco e a do Largo da Carioca. “Sem falar no prejuízo à população que frequenta o Centro Cultura, e ficaria sem as salas de teatro e de exposições”, lembrou.

Delegados sindicais

O vice-presidente do Sindicato adiantou que esta é uma luta não só dos que trabalham no prédio da Almirante Barroso, mas de todas as unidades do banco. “Além de mobilizações, com atos em frente ao Barrosão, se preciso faremos paralisações e convocaremos reunião de delegados sindicais”, advertiu.

Inicialmente, o Conselho Diretor da CEF pretendia transferir todos os setores da Barroso para o Acqua Corporate, um luxuoso imóvel no Porto Maravilha, em local de alto risco, com tiroteios e assaltos, sem restaurantes próximos e transporte precário. E pertencente à transnacional Tyshman Speyer, com sede global no Rockfeller Center, em Nova Iorque. O prédio seria alugado por um preço ainda não revelado.

Mudança seria em julho

Na última negociação com a Comissão de Empregados, a representante do banco disse que há negociações também com outro prédio, no Passeio Público, mas que nada ficou definido. O motivo alegado seria a contenção de custos. Seja para onde for, a mudança estaria marcada para julho.

Para o diretor da Fetraf-RJ/ES e da CEE/Caixa, Ricardo Maggi, a preocupação é com o bem-estar dos empregados e com a manutenção das atividades culturais. “Nunca seremos contrários à redução de custos operacionais. Mas isto não pode significar sacrifícios e riscos para os empregados, nem o fechamento da Caixa Cultural, um espaço que faz parte de um importante corredor cultural da cidade”, avisou.

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