Carlos Vasconcellos

Imprensa SeebRio

O Brasil já possui um dos sistemas tributários mais injustos do mundo. O modelo brasileiro é regressivo: paga mais impostos o pobre, no consumo, e a classe média na fonte (até 27,5% do salário bruto) enquanto que os super-ricos, especuladores e consumidores de artigos de luxo em muitos casos não pagam nada. Mas a situação pode ficar ainda pior para o assalariado médio.

Para depois da eleição

A dedução de gastos com planos de saúde e o ensino no Imposto de Renda poderá ser extinta. Segundo matéria do jornal O Estado de São Paulo, nesta terça-feira (25), a equipe econômica do governo Bolsonaro estuda acabar com estas deduções, de olho no impacto da nova medida, que representaria uma economia de R$30 bilhões para os cofres da União. Mas, evidentemente, o tema só voltará à tona após domingo, dia 30 de outubro, quando já estará definido quem será o presidente da República para os próximos quatro anos e, assim, não atrapalhar os planos eleitorais de uma reeleição para Bolsonaro. 

Temendo uma repercussão negativa há cinco dias do segundo turno das eleições presidenciais, o ministro da Economia Paulo Guedes divulgou nota “refutando a alegação que pretende acabar com as deduções".

Como diz o ditado popular: onde há fumaça, há fogo.