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Diagramação: Marco Scalzo
Diretora de Imprensa: Vera Luiza Xavier
Carlos Vasconcellos
Imprensa SeebRio
Tentativade agressão a um padre que defendeu, num culto, a paz e criticou o armamentismo. Ameaças, punição e até exclusão de pastores que votarem em Lula; desobediência civil e ataques às instituições democráticas. Assassinato de eleitores do PT. Agressão física a jornalistas. Dissensões nas famílias, vizinhança e entre amigos. Em meio aos ataques à democracia, o povo sofre em quase quatro anos do atual governo, com alto custo dos alimentos, inflação, novos aumentos dos combustíveis e arrocho salarial.
Estas eleições, ainda de forma mais radical do que em 2018, chegaram a um ponto inédito de tensionamento. O povo brasileiro precisa decidir que país quer a partir de 2023 com a decisão do voto no dia 30 de outubro, no próximo domingo.
Granadas e fuzil
O radicalismo do bolsonarismo mais extremado culminou com o ataque do ex-deputado Roberto Jefferson, aliado do presidente Jair Bolsonaro (PL), que atacou policiais federais com vinte tiros de fuzil e duas granadas, no último domingo (23), após ordem de prisão por ofensas a ministros do STF. A ação não é um caso isolado e recebeu o repúdio de toda a sociedade. O atual presidente, orientado por assessores de campanha, diz também “repudiar” a ação, mas ele próprio incentiva desde sempre, os ataques às instituições democráticas, como fez em seu ato no dia 7 de setembro de 2021, quando afirmou que “iríamos para a guerra” ou quando declarou que era necessário “metralhar a petezada”, num comício no Acre.
A sociedade se une
Agora, com medo da repercussão negativa, Bolsonaro tenta se desvencilhar do amigo e aliado Roberto Jefferson (PTB) e o chama até de “bandido”. Tarde demais. O Brasil já sabe que a democracia e a paz estão ameaçadas e que os arroubos do presidente da República trazem turbulências no mercado e prejudicam a economia do país. Não por acaso até quem faz dura oposição ao PT, declarou apoio a Lula neste segundo turno: FHC, todos os economistas que criaram o Plano Real, Simone Tebet, Ciro Gomes, Marina Silva, João Amoêdo e Neca Setúbal, só para citar alguns.
“O voto em Lula é por entender que a vitória do petista garante o ordenamento democrático e, portanto de ser oposição no ano que vem, já que a vitória de Jair Bolsonaro é um risco à democracia”, disse João Amoêdo, fundador do Partido Novo.
Que Brasil você quer
A agonia, de fato, precisa acabar. O país não suporta mais tanta disseminação de ódio, fake news e negação da ciência que resultaram em quase 700 mil mortes pela covid-19 e ainda 33 milhões de pessoas passando fome (mais que toda a população da Venezuela), bem como a economia brasileira indo rápido para o fundo do poço, com a queda do Brasil de 8ª economia do mundo para 11ª , inflação, desemprego, mercado informal e carestia. Está em jogo no dia 30 de outubro, que Brasil o povo vai querer, o democrático ou um modelo arbitrário, desumano e desconectado com a realidade.
O presidente do Sindicato dos Bancários do Rio José Ferreira lembra que é preciso retomar o debate sobre a economia e a recessão e buscar novos caminhos para o Brasil superar a crise. “O Roberto Jefferson já foi preso e agora temos que retomar o debate sobre a economia do país. Bolsonaro e Guedes confirmaram que, se reeleitos, vão cortar 25% do salário mínimo, pensões e aposentadorias, dito pelo atual presidente em entrevista ao SBT. Se reeleito, o governo vai aprofundar o arrocho salarial, a crise e a miséria. Precisamos estar unidos para defender a democracia e a retomada do crescimento econômico com justiça social votando 13” disse Ferreira. O apoio à Lula nestas eleições foi aprovado na 24ª Conferência Nacional dos Bancários, em junho deste ano.