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Diagramação: Marco Scalzo
Diretora de Imprensa: Vera Luiza Xavier
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Os dois candidatos a presidente da República têm projetos opostos em todos os sentidos e, em relação às empresas estatais, entre elas os bancos públicos, não é diferente. Bolsonaro já privatizou a Eletrobras, refinarias da Petrobras e a BR Distribuidora e pretende ampliar a venda destas gigantes para beneficiar o setor privado. Já o candidato do PT, Luiz Inácio Lula da Silva, ao contrário, pretende interromper este processo e fortalecer o setor público para investir no crescimento da economia, gerando empregos e melhorando os salários.
Na mira da privatização
O Banco do Brasil está na mira para ser privatizado. Para ampliar o debate com a sociedade sobre a importância de defender o banco, o movimento sindical bancário criou o Comitê de Luta em Defesa do BB que possui um site com diversas informações a respeito (http://bbpublico.com.br/). O ministro da Economia e banqueiro Paulo Guedes deixou clara a intenção do governo em passar o BB para o setor privado. Na reunião interministerial de 22 de abril de 2020, aquela que vazou e ficou famosa, o ministro decretou: “O Banco do Brasil é um caso pronto de privatização”. Em seguida, disparou: “Tem que vender essa porra logo”. Com medo do desgaste eleitoral, Bolsonaro empurrou a privatização para 2023.
Rita Mota, diretora do Sindicato e integrante da Comissão de Empresa dos Funcionários do BB (CEBB), questionou o fato de Bolsonaro ter alegado, já durante o período eleitoral, não pretender vender o BB. “Sem dúvida é uma forma de se preservar durante a campanha para evitar a perda de votos, além da fala ser contraditória com o que disse na reunião do dia 22, de que a privatização seria para 2023”, frisou. O Comitê de Luta em Defesa do BB é uma iniciativa de funcionários da ativa e aposentados do Banco do Brasil, militantes sindicais e de entidades representativas dos funcionários.
Impactos das privatizações
Na página do Comitê de Luta em Defesa do BB, uma matéria intitulada “Privatização de bancos públicos leva a demissões e desmonte de planos de saúde e de previdência” lembra da entrega de vários bancos estaduais ao setor privado e suas consequências para a economia e para os funcionários como forma de exemplificar o que aconteceria com o Banco do Brasil se houver a reeleição do atual governo. O site do Comitê lembra que, ao contrário dos governos que o antecederam, o de Lula incorporou ao BB bancos públicos que fortaleceram a sua estrutura.
A matéria lembra que o resultado das privatizações de bancos estaduais comprovam o alerta dos movimentos de trabalhadores que lutam para afastar os riscos de privatização do Banco do Brasil e de outras importantes empresas públicas: perdas de direitos, demissões em massa, desmonte dos planos de saúde e de previdência complementar.