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Diagramação: Marco Scalzo
Diretora de Imprensa: Vera Luiza Xavier
Carlos Vasconcellos
Imprensa SeebRio
O Brasil deve registrar no governo Jair Bolsonaro (PL) um crescimento médio do PIB de 2,76% segundo o mercado financeiro, um resultado inferior à média mundial, que prevê um crescimento de 3,2% segundo o FMI (Fundo Monetário Internacional). Para piorar, a prévia do PIB caiu mais do que o esperado, marcando 1,13% em agosto. O Brasil seguirá como 12ª maior economia do mundo em 2022. A previsão consta do relatório anual publicado pelo britânico Centro de Pesquisa para Economia e Negócios (CEBR, na sigla em inglês). No governo petista o Brasil chegou a ser a 6ª economia do mundo. Em dezembro de 2011, primeiro ano de Dilma Rousseff, o país havia ultrapassado o Reino Unido e se tornado a sexta maior economia do planeta. Em 2010, chegara à sétima posição sob Luiz Inácio Lula da Silva, com alta anual de 7,5% – até hoje melhor resultado da série histórica iniciada em 1996.
Gasolina mais cara da história
Após três anos e meio de explosão inflacionária e carestia, com elevação no preço dos combustíveis, o governo Bolsonaro conseguiu aprovar, há quatro meses da eleição presidencial deste ano, medidas consideradas artificiais para reduzir a inflação, zerando impostos de combustíveis e reduzindo o ICMS sobre o produto e a energia nos estados. A medida resultou numa perda de arrecadação de cerca de R$115 bilhões para estados e municípios. Isso significa menos dinheiro para saúde e educação e outras áreas sociais. Além disso, especialistas alertaram e de fato ocorreu que as medidas não segurariam o preço da gasolina, etanol e gás de cozinha. Resultado: os preços voltaram a subir apesar de Bolsonaro pressionar a Petrobras a elevar os preços somente após as eleições deste domingo. O consumidor brasileiro pagou, em média, R$ 4,86 por litro na gasolina nos postos de combustível na semana de 9 a 15 de outubro, uma alta de 1,47%. O etanol foi vendido, em média, R$4,636, com maior alta na Região Sudeste, cerca de 2,48%, segundo números da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). A gasolina na gestão Guedes e Bolsonaro é a mais cara da história do país.
Inflação e fome
Com Bolsonaro, o Brasil teve a maior alta no preço dos alimentos em 28 anos (desde o início do Plano Real, em 1994). Em nove meses, o segmento acumulou inflação de 9,54%. E o dado mais dramático do atual governo: o percentual da população brasileira que passava por alguma forma de insegurança alimentar, era de 35,2% quando Lula assumiu seu primeiro governo em 2003 e caiu para em torno de 30% ao final com a erradicação da fome extrema. Sob Bolsonaro, o país passou de aproximadamente 40% de pessoas nesta situação para 58,7% e voltou ao Mapa da Fome com mais gente na estrema pobreza: são 33 milhões passando fome, sendo 15 milhões em apenas dois anos na gestão do atual governo. Os dados são do Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos).