Uma pesquisa realizada pelo IBGE revelou nesta segunda-feira, 27, que até o mês de março, foi registrado a maior taxa de desemprego no Brasil, a maior em dez meses, totalizando 13,7 milhões de pessoas sem emprego de carteira assinada, representando 13,1% da população.

Os números assustam, ainda mais quando compararmos os meses de dezembro até março, quando 1,379 milhão de pessoas ficaram desempregadas. Este número representa uma alta de 11,2% em relação ao quarto trimestre do ano passado.

Até o mercado informal, sem carteira assinada e, portanto, sem direitos trabalhistas, registrou mais demissões em comparação ao trimestre encerrado em dezembro. O número de empregados sem carteira também caiu para 10,7 milhões de pessoas, ou menos 402 mil trabalhadores.

Para o presidente da CUT, Vagner Freitas, mais desemprego e menos direitos para a classe trabalhadora era justamente o que os neoliberais que deram o golpe queriam para o país. “O IBGE disse hoje que, em três anos, o país perdeu 4 milhões de postos com carteira de trabalho assinada, confirmando os piores cenários que estamos traçando desde o início do golpe”, disse Vagner.

Já a categoria dos trabalhadores por conta própria ficou estável na comparação com o trimestre encerrado em dezembro, com 23 milhões. Em relação ao mesmo período do ano anterior, houve alta de 3,8% (mais 839 mil pessoas).