Domingo, 10 Junho 2018 11:39

Presidente da CUT lê carta de Lula ao povo brasileiro

#LULA LIVRE - Lula expressou em sua carta, lida na Conferência Nacional dos Bancários, que é candidato porque acredita na força do povo brasileiro #LULA LIVRE - Lula expressou em sua carta, lida na Conferência Nacional dos Bancários, que é candidato porque acredita na força do povo brasileiro

O presidente nacional da CUT, Vagner Freitas, leu uma carta do ex-presidente Lula direcionada a todo o povo brasileiro. O texto expressa um desabafo do pré-candidato do PT em relação à sua prisão política.

“Estou preso injustamente, sem cometer nenhum crime, proibido de percorrer o Brasil. Estou impedido de conviver com meus filhos, netos e amigos, mas o que mais me dói é não poder estar junto à minha maior família, o povo brasileiro”, afirma Lula.

O líder petista renovou sua mensagem de fé no Brasil e nos brasileiros.

“Juntos, enfrentamos a fome, o desemprego, a pressão do capital estrangeiro e de seus representantes em nosso país, a exclusão dos trabalhadores das cidades e do campo e chegamos a ser o povo mais otimista do mundo, passando a ter o respeito internacional. Tenho certeza de que poderei reconstruir este país e criar uma grande nação. É isto que me anima”.

Reafirmou estar inconformado com a atual situação dos brasileiros mais pobres, numa alusão ao visível empobrecimento da população e do crescimento dos moradores de rua nas cidades do país, nos últimos dois anos.

Lugar na história

“Sei do meu lugar na história e dos meus algozes. Os que me condenam sabem que arrumaram uma farsa para me prender, eles não conseguiram apresentar nenhuma prova para me condenar. Não fui tratado por Sérgio Moro e o TRF-4 como os demais investigados, mas sim como um preso político. A única razão para me prender é o meu nome, Luis Inácio Lula da Silva”, desabafou. Falou ainda de sua experiência nas últimas caravanas pelo território nacional, antes de ser preso. “Vi nos olhos do povo a esperança, mas também uma angústia por causa da destruição das políticas sociais”.

A força do povo

Lula lembrou que é candidato porque ainda acredita na Justiça Eleitoral, crendo que ela não vai se curvar à vontade dos que impõem à ele um estado de exceção. “Esta candidatura é diferente de todas que participei. A eleição da minha vida, meu compromisso de vida”, disse anunciando que só a morte poderia impedir sua vontade de participar das eleições presidenciais em 2018.

Ressaltou que sua candidatura representa a esperança e que ele sabe que tem ao seu lado, a força do povo. E repetiu sua convicção em relação a saída para a crise econômica do Brasil. “Só a inclusão social dos mais pobres pode fazer o país voltar a crescer”. Considera o retrocesso na produção nacional do petróleo, através da política de Temer de desmonte da Petrobras para privilegiar empresas estrangeiras e especuladores como um dos mais cruéis da história. Disse que a riqueza do Pré-Sal tem de ser usada para reforças os investimentos na educação e que estatais e empresas públicas, como Eletrobras, Petrobras, Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal e BNDES, são instrumentos fundamentais para a retomada do desenvolvimento.

“Já provamos que é possível fazer um governo de pacificação social, em que os mais pobres tenham acesso à direitos e bens de consumo. Mais educação e menos crianças fora da escola. Mais assentamentos e menos violência nas cidades e no campo. Vamos unir todas as forças democráticas de todo o Brasil para construirmos um país mais solidário e justo”, conclui Lula em sua carta.

 

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