Terça, 24 Abril 2018 00:00

EM DEFESA DA CONQUISTA HISTÓRICA

A volta do trabalho aos sábados, proposta pelo senador Roberto Muniz (PP/BA) no Projeto de Lei do Senado (PLS) 203/2017, foi votada nesta terça-feira (24) na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) e retirada da pauta do Congresso Nacional.
Ameaça permanece
A presidenta do Sindicato defende que o assunto seja debatido amplamente pela sociedade. “A maioria das pessoas não conhece a realidade dos bancários, que sofrem com uma enorme sobrecarga de trabalho, resultado das demissões e fechamento de agências. Embora tenhamos conseguido que o projeto não seja levado à votação em plenário, a amaça continua. Agora temos que dialogar com os parlamentares para enterrarmos de vez esse projeto”, disse.
Conquista histórica
O fim do trabalho aos sábados foi uma conquista da categoria mediante uma greve nacional de nove dias em outubro de 1961, que arrancou uma portaria do Tribunal de Justiça (67/61). Os bancos nem sempre respeitavam o dispositivo legal. Mas em agosto de 1962, um acordo com os banqueiros extinguiu, enfim, o trabalho aos sábados.
CEF: inspiração do projeto
O Secretário de Relações do Trabalho da Contraf-CUT Jeferson Meira, o Jefão, que dialogou com o relator do projeto na CAE, senador Oto Alencar (PSD/BA), explicou que o autor da matéria senador Roberto Muniz (PP/BA) se baseou na demanda específica da Caixa, que atendeu portadores de contas inativas do FGTS em jornadas especiais aos sábados. “O parlamentar desconsiderou a jornada extenuante e os riscos à segurança dos trabalhadores bancários”, disse.
O sindicalista lembrou que a categoria sempre foi favorável à abertura dos bancos em horário estendido, durante a semana, das 9h às 17h, desde que em dois turnos, regime aliado a mais contratações, o que não está acontecendo por causa do avanço digital.

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