Os bancários aprovaram neste domingo, 10 de junho, em São Paulo, a pauta de reivindicações da campanha salarial 2018. A categoria defende a manutenção dos direitos históricos conquistados e que estão previstos na Convenção Coletiva de Trabalho, a única no país em nível nacional.

A Conferência Nacional aprovou um aumento real de 5% mais a reposição da inflação do período.

“Todos nós conhecemos os números dos ganhos do setor financeiro que estão relacionados a uma sociedade tão desigual. Tivemos conquistas importantes nos últimos anos, com mais de 10% de aumento real e cerca de 25% de ganho real no piso da categoria. Entretanto, este ano vivemos uma situação completamente diferente dos períodos anteriores. A prioridade passa a ser a preservação dos direitos conquistados, garantindo também o aumento real, o emprego e a qualidade na saúde e nas condições de trabalho para toda a categoria”, disse a presidenta do Sindicato do Rio, Adriana Nalesso.

Ultratividade

Foi aprovada também a vigência da Convenção Coletiva por um ano, até 31 de agosto de 2019. Os bancários querem garantir a preservação da lógica da ultratividade, extinta pela Reforma Trabalhista, e que permite a preservação do acordo anterior, mesmo que não seja fechado um acordo entre patrões e empregados até o final da data base da categoria, que no caso dos bancários, é 31 de agosto.

A Conferência aprovou também a contribuição negocial, para garantir o financiamento de uma estrutura sindical capaz de manter a organização de lutas em defesa dos direitos dos trabalhadores, após o fim do imposto sindical.

Em breve publicaremos mais detalhes da minuta aprovada na 20ª Conferência Nacional dos Bancários, em nosso site e na próxima edição do Jornal Bancário.