Segunda, 11 Junho 2018 20:57

Carta de Lula ao povo brasileiro é lida na Conferência dos Bancários

Lula expressou em sua carta, lida na Conferência Nacional dos Bancários,  que é candidato porque acredita na força do povo brasileiro Lula expressou em sua carta, lida na Conferência Nacional dos Bancários, que é candidato porque acredita na força do povo brasileiro

O presidente nacional da CUT, Vagner Freitas, leu uma carta do ex-presidente Lula direcionada a todo o povo brasileiro, durante a 20ª Conferência Nacional dos Bancários, no sábado (9). O texto expressa um desabafo do pré-candidato do PT em relação à sua prisão política e atual situação econômica e política do Brasil.
“Estou preso injustamente, sem cometer nenhum crime, proibido de percorrer o Brasil. Estou impedido de conviver com meus filhos, netos e amigos, mas o que mais me dói é não poder estar junto à minha maior família, o povo brasileiro”, afirma Lula.
O líder petista renovou sua mensagem de fé no Brasil e nos brasileiros.
“Tenho certeza de que poderei reconstruir este país e criar uma grande nação. É isto que me anima”. Reafirmou estar inconformado com a atual situação dos brasileiros mais pobres, numa alusão ao visível empobrecimento da população e do crescimento dos moradores de rua nas cidades do país, nos últimos dois anos.
Falou ainda de sua experiência nas últimas caravanas pelo território nacional, antes de ser preso. “Vi nos olhos do povo a esperança, mas também uma angústia por causa da destruição das políticas sociais”.
A força do povo
Lula lembrou que é candidato porque ainda acredita na Justiça Eleitoral, crendo que ela não vai se curvar à vontade dos que impõem a ele um estado de exceção. “Esta candidatura é diferente de todas que participei. A eleição da minha vida, meu compromisso de vida”, disse anunciando que só a morte poderia impedir sua vontade de participar das eleições presidenciais em 2018.
Ressaltou que sua candidatura representa a esperança e que ele sabe que tem ao seu lado, a força do povo. E repetiu sua convicção em relação a saída para a crise econômica do Brasil. “Só a inclusão social dos mais pobres pode fazer o país voltar a crescer”. Considera o retrocesso na produção nacional do petróleo, através da política de Temer de desmonte da Petrobras um dos mais cruéis da história. Disse que a riqueza do Pré-Sal tem de ser usada para reforçar os investimentos na educação e que estatais e empresas públicas, como Eletrobras, Petrobras, Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal e BNDES, são instrumentos fundamentais para a retomada do desenvolvimento.
“Já provamos que é possível fazer um governo de pacificação social, em que os mais pobres tenham acesso a direitos e bens de consumo. Mais educação e menos crianças fora da escola. Mais assentamentos e menos violência nas cidades e no campo. Vamos unir as forças democráticas para construirmos um país mais solidário e justo”, conclui Lula em sua carta.

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