Terça, 24 Abril 2018 00:00

Bancos eliminaram mais de dois mil empregos no primeiro trimestre de 2018

No primeiro trimestre do ano, os bancos seguem promovendo demissões, totalizando 2.226 postos de trabalho durante o período. Somente no mês de março, 1.836 vagas foram fechadas pelas instituições bancárias. Os números são do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), compilados pelo Ministério do Trabalho.

Durante todo o ano passado, os cinco maiores bancos do país (Itaú, Bradesco, Caixa, Banco do Brasil e Santander) somaram juntos mais de R$ 77 bilhões, e apesar do lucro obtido, as mesmas cinco maiores instituições financeiras eliminaram mais de 14 mil postos de trabalho em 2017.

Neste ano, a Caixa Econômica Federal, maior banco público do Brasil, foi responsável por fechar 1.268 postos de trabalho, entre janeiro e março. Em dois anos, sob comando do Presidente Michel Temer, o Brasil já perdeu aproximadamente 1,4 milhão de postos de trabalhos formais.

“Os anos passam e os bancos seguem com a lógica de eliminar postos de trabalho mesmo apresentando lucros cada vez maiores”, critica Neiva Ribeiro, secretária-geral do Sindicato e bancária do Bradesco. “Os bancos demitem, obrigando os empregados remanescentes a acumularem funções, resultando no quadro de sobrecarga de trabalho e no assédio moral pelo cumprimento de metas inatingíveis. E o resultado disso são os milhares de casos de adoecimentos na categoria, além das reclamações de clientes no Banco Central”, acrescenta a dirigente.

Os bancos não lucram apenas com o fechamento de postos de trabalho. A alta rotatividade com redução salarial é outra forma utilizada para aumentar os ganhos. De janeiro a março, os bancários admitidos recebiam, em média, R$ 4.054, enquanto os desligados tinham remuneração média de R$ 6.615. Ou seja, os admitidos entram ganhando 61% do que os que saem.

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