O Banco Santander está aumentando de forma irregular a jornada de seus funcionários. Os gerentes PJ estão recebendo, pacotes de internet para realizarem atendimentos aos clientes quando tiverem fora do seu horário comercial. Custeado pelo banco, essa atitude motivada pela falta de funcionários, sobrecarrega os empregados mesmo fora da empresa, e essa atitude da direção não paga nenhuma hora extra ou sequer um aumento salarial.

Mesmo tendo seu lucro aumentado em 35% durante o ano passado, a direção do Santander adota uma medida abusiva que sobrecarrega ainda mais seu funcionário, que além das multitarefas dentro das agências, continua trabalhando com atendimento ao cliente fora do seu horário de serviço.

Um aplicativo chamado Net Promoter Score (NPS) é um mecanismo adotado pelo banco, na qual seus clientes podem avaliar o atendimento de seus gerentes. Outra ferramenta interna que o Santander criou recentemente é o Santander Now, que veicula conteúdos de cursos e treinamentos.

“Os bancários trabalham para viver com dignidade junto às suas famílias, para ter direito ao lazer e ao descanso. Não vivem exclusivamente para trabalhar e dar lucro para uma direção que todos os anos demite milhares de pais e mães de família a fim de recontratar outros empregados com salários mais baixos visando lucros ainda maiores”, protesta Wanessa de Queiroz, Dirigente Sindical e Bancária do Santander.

Dados do Banco Central afirmam que a sobrecarga no trabalho se intensificou nos últimos anos no Santander. Em 2016, o banco tinha 782 clientes por empregado, enquanto um ano depois, o aumento de 60% afirma a marca de 836 clientes por funcionário. Mesmo lucrando R$ 16 bilhões apenas com a cobrança de prestação e serviços bancários ano passado, receita que cobriu as despesas do banco, avaliada em R$ 9 bilhões, sobrando mais de R$ 6 bilhões de lucro para o banco.