Quarta, 18 Abril 2018 00:00

Patrões se aproveitam das novas regras para sonegar FGTS

Diante da confusão provocada pela reforma trabalhista do governo Temer, há patrões estão se aproveitando para sonegar o Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS), elevando a 25% a inadimplência no primeiro trimestre de 2018 (R$1,8 bi), contra R$ 0,86 bi, em 2017. Há 2,4 milhões de empregadores devendo ao fundo.
Para o diretor do Sindicato, Ronald Carvalhosa, o crescimento da inadimplência decorre da crise econômica aprofundada pelas medidas recessivas do governo. “Mas também porque os empregadores se aproveitam da confusão causada pelas novas regras da reforma trabalhista de Temer”, disse.
“A reforma acabou gerando, também, uma espécie de incentivo aos patrões, que se aproveitam para burlar leis, como a que determina o depósito do FGTS”, incentivados pelas dificuldades impostas aos trabalhadores para evitar que entrem com ações visando a garantir direitos desrespeitados pelas empresas”, disse Ronald, citando como exemplo, a cobrança das custas judiciais caso o empregado perca a causa.
O dirigente lembrou que o recolhimento de encargos deixou de ser prioridade das empresas, ficando, com as novas regras, para o fim da fila. “O que, além de todos os prejuízos causados, acaba por reduzir, a receita do próprio governo”, concluiu.

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