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Entre os campeões da disparada dos preços, o Brasil só perde para Turquia, Argentina e Rússia
Publicado: 05 Julho, 2022 - 16h41 | Última modificação: 05 Julho, 2022 - 19h39
Escrito por: Redação CUT
Entre as 20 maiores economias do mundo, o chamado G-20, o Brasil tem a quarta maior inflação, perde apenas para Turquia, Argentina e Rússia, segundo novo relatório da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).
Nos 12 meses de maio de 2021 a maio de 2022, a média da inflação de todos os países do G20 foi de 8,8% em maio. No Brasil, o índice está acima de 10% desde setembro de 2021.
Confira o ranking dos dez países com inflação mais alta em 12 meses:
- Turquia: 73,5%;
- Argentina: 60,7%;
- Rússia: 17,1%;
- Brasil: 11,7%;
- Estados Unidos: 8,6%;
- Zona do Euro: 8,1%;
- Reino Unido: 7,9%;
- Alemanha: 7,9%;
- Canadá: 7,7%; e
- México: 7,7%
A Rússia foi o único país que não esteve no relatório da OCDE e os dados fazem parte do serviço de estatísticas do próprio país.
O desabastecimento da indústria, a guerra da Rússia conta a Ucrânia e as incertezas com relação à pandemia tornaram a inflação um fenômeno mundial. Apenas no Colômbia, Japão, Luxemburgo e Holanda os preços mnão estão em alta.
A explicação para o Brasil estar entre os líderes em inflação em disparada são fatores internos como a desvalorização do real, o conturbado cenário político e a desconfiança dos investidores.
A taxa anual de inflação ao consumidor, chamada de CPI, entre os países que integram a OCDE, acelerou para 9,6% em maio - em abril era de 9,2% -, atingindo o maior patamar desde agosto de 1988, segundo comunicado divulgado hoje pela Organização. A explicação nesse caso foi a alta de 35,4% dos preços de energia.