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Diagramação: Marco Scalzo
Diretora de Imprensa: Vera Luiza Xavier
O Sindicato dos Bancários do Rio, após seguidas cobranças e formalizar o pedido por uma reunião com o Banco do Brasil para tratar dos problemas gerados pela PSO (Plataforma de Suporte Operacional) aos funcionários da empresa finalmente conseguiu marcar o encontro na última terça-feira, 24 de maio. Mas os representantes da PSO e da Gepes (Gerência de Pessoas) não admitiram os problemas denunciados pelo Sindicato.
Pressão sobre os caixas
Além de sobrecarregar os caixas com metas, os bancários nesta função estão sendo pressionados a empurrar os clientes para o atendimento nos caixas eletrônicos e plataformas digitais, ou seja, o plano do BB é acabar com a função de caixa e não mais atender à população, numa tendência do sistema financeiro nacional de extinguir o atendimento presencial nas unidades físicas, que têm sido drasticamente reduzidas. O banco impõe um acúmulo de funções que sobrecarrega cada vez mais os funcionários, inclusive com metas para a abertura de contas digitais. É comum também, gerentes de Módulos se desdobrarem para cobrir férias de funcionários de outras agências.
“Os caixas estão sendo sobrecarregados e o BB está pressionando para que eles empurrem os clientes para os caixas eletrônicos e plataformas digitais, ou seja, o banco força os bancários a ajudarem na extinção de suas próprias funções”, critica o diretor do Sindicato do Rio, Júlio Castro.
O BB continua retirando comissões dos caixas, descumprindo uma decisão judicial favorável à um processo do Sindicato, que proíbe esta prática do banco.
“A direção do banco está retaliando com mais pressão sobre os caixas, além de descumprir nossa ação judicial vitoriosa”, acrescenta o sindicalista.
Má vontade na reunião
O Sindicato solicitou seguidas vezes uma reunião com o responsável pelo setor da PSO no Rio, para tratar do assunto, que enrolou muito para marcar o encontro, alegando que só marcaria uma reunião com o Sindicato com a presença do responsável da Gerência de Pessoas (Gepes). A reunião só ocorreu após o Sindicato enviar um ofício para a Diretoria de Pessoas (Dipes), o que forçou os responsáveis pelos setores da PSO e da Gepes a finalmente marcarem o encontro.
“Ficou claro que os representantes do BB estavam na reunião porque não tinham mais como fugir dos problemas criados pela PSO. Eles não trouxeram nenhuma solução e desrespeitaram os dirigentes sindicais e o funcionalismo”, explica Júlio.
No Encontro Estadual dos Funcionários do BB, realizado no último dia 14 de maio, foi aprovada uma moção de repúdio contra as práticas e a postura do banco em relação ao problema, que sobrecarrega e adoece bancários e desrespeita os clientes, que não conseguem atendimentos nas unidades físicas.