Quarta, 12 Setembro 2018 20:32

Bancários iniciam campanha com desafio de garantir direitos e a convenção coletiva

Ato de lançamento, nesta quinta (21), meio-dia, no Largo da Carioca, é só o começo da luta. Terça (26) tem caravanas e quinta (28), primeira negociação

Os bancários do Rio dão o ponto pé inicial da Campanha Salarial, a partir desta quinta-feira, dia 21, diante de uma das conjunturas mais desfavoráveis da história. Nunca os trabalhadores tiveram, em tão pouco tempo, tantos direitos extintos e ameaçados, como em nossos dias, desde o golpe que levou Michel Temer (MDB) ao poder. Por isso, nunca foi tão fundamental a participação de todos na campanha salarial, não só em defesa de questões corporativas da categoria, mas também para garantir a democracia e compreender a relevância de votar em candidatos compromissados com os trabalhadores nas eleições de 2018. 
Ultratividade
Os bancários correm contra o tempo. É que, com o fim da ultratividade – que garantia a convenção coletiva vigente após a data-base da categoria, mesmo que não houvesse acordo entre patrões e empregados – há um risco real de perdas de direitos históricos, como tíquetes, 13ª cesta, PLR, jornada de trabalho, entre outros. Outra prioridade, aprovada na 20ª Conferência Nacional, é a defesa dos bancos públicos e estatais contra o projeto privatista.  
Lucro dos bancos e demissões
Num país em crise profunda, os bancos continuam a faturar dinheiro a rodo: Itaú Unibanco, Banco do Brasil, Bradesco e Santander lucraram R$ 57,63 bilhões no ano passado, uma alta de 14,6% em relação a 2016. 
O emprego é outra preocupação. Os bancos ampliam as plataformas digitais e fecham unidades físicas, demitindo em massa. 
O ato de lançamento da Campanha Nacional dos Bancários desta quinta será a partir do meio-dia, no Largo da Carioca, Centro do Rio. Na terça-feira, 26, o Sindicato realiza caravanas na Tijuca e Santa Cruz. Na quinta, 28, acontece, em São Paulo, a primeira negociação do Comando Nacional com a Fenaban.  

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