Quinta, 21 Junho 2018 16:50

Bancários do Rio lançam campanha salarial 2018

Adriana Nalesso defende a regulamentação do sistema financeiro e quer envolver a sociedade nos debates da campanha dos bancários Adriana Nalesso defende a regulamentação do sistema financeiro e quer envolver a sociedade nos debates da campanha dos bancários

O Sindicato dos Bancários do Rio de Janeiro lançou, nesta quinta-feira, 21 de junho, no Largo da Carioca, centro da cidade, a campanha salarial 2018.

A presidenta da Entidade, Adriana Nalesso, direcionou sua fala não somente para a categoria, mas também para a população que parou para acompanhar a atividade.

“Este setor altamente lucrativo explora não somente os funcionários, mas também aos usuários dos serviços bancários, demitindo trabalhadores e piorando o atendimento à população nas agências. Queremos dialogar com a sociedade sobre o papel do sistema financeiro nacional. O povo é explorado e desrespeitado pelos bancos, que cobra as mais altas taxas de juros do mundo e oferece um atendimento ruim em função das demissões ”, disse. Nalesso lembrou que os juros cobrados no cartão de crédito chegam a 300% ao ano e no cheque especial, 200%.

 

Lucros crescem

 

Adriana destacou ainda que os lucros das instituições financeiras não param de crescer. “”Só em 2017, os cinco maiores bancos faturaram R$72 bilhões, enquanto a crise resulta em 13 milhões de desempregados e milhares de empresas fechadas”, afirmou, defendendo a regulamentação do sistema financeiro nacional.

“Damos o ponta pé inicial desta campanha em defesa do emprego e dos direitos da categoria garantidos pela nossa Convenção Coletiva de Trabalho. Enfrentamos uma reforma trabalhista que retira direitos e precariza as condições de trabalho e o desmonte dos bancos públicos”.

O diretor do Sindicato José Ferreira explicou porque a campanha deste ano começou mais cedo. “Entramos mais cedo nesta campanha para resistir ao ataque de direitos, garantir condições dignas de trabalho, defender o emprego e combater o desmonte do Banco do Brasil, da Caixa Econômica Federal e do BNDES”, ressaltou.

Marcello Azevedo, diretor da Fetraf-RJ/ES, criticou o acúmulo de riqueza dos banqueiros num país com tantas contradições sociais.
“Banqueiro no Brasil tem privilégio. Ganha muito dinheiro sem nenhuma contrapartida para o país, por isso o povo detesta banco”, explica.

O ato contou com a participação do vereador do Rio, Reymont (PT), que considera a campanha dos bancários um movimento em defesa da democracia e contra o impeachment da presidenta Dilma, que levou Temer ao poder e destacou a luta da categoria em defesa do emprego e do trabalho sem assédio moral. Citou ainda os pesados prejuízos para o povo, como a retirada de direitos, o desemprego e os aumentos da gasolina e do gás de cozinha.  

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