Quarta, 07 Fevereiro 2018 00:00

Banco Santander demite funcionário lesionado pela terceira vez

Após anunciar recentemente os valores líquidos obtidos mundialmente em 2017, € 6,6 milhões (26% desse valor foi registrado no Brasil) o banco espanhol segue desrespeitando seus funcionários. Na última segunda-Feira (5) um funcionário portador de doença ocupacional (LER/Dort) foi demitido pela terceira vez.

Histórico

O bancário Francisco Antônio Ferreira Veras, têm histórico de demissões no Santander. Iniciando sua carreira pelo banco, no ano de1988, em Campina Grande (RN), já trabalhou em Porto Velho no ano de 1997, após ser transferido. Sua primeira demissão foi em 2008, em seus vinte anos de carreira, pertencente à empresa.

Mesmo sendo portador de doença ocupacional, o funcionário foi desligado da empresa. Seno reintegrado após uma ação da 4ª Vara do Trabalho, que entendeu a demissão como ilegal, fazendo o banco reintegrar Francisco, além de condenar o Santander à uma indenização por danos morais.

Recentes demissões

O funcionário que têm sofrido constantemente com suas lesões provocadas pela doença, mesmo trabalhando normalmente foi dispensado pela segunda vez, após o banco descobrir que Francisco reclamava de dores nos membros superiores.

Já demitido, o bancário entrou com ação requerendo antecipação de tutela, conseguindo o reconhecimento da doença ocupacional em decorrência de LER/Dort. O juiz do trabalho Shikou Sadahiro, na época pediu o retorno imediato do funcionário, caso contrário, uma multa diária de R$ 10 mil pelo descumprimento seria aplicada.

Após 29 anos de serviços prestados à empresa espanhola, e com uma doença adquirida pelos esforços diários em exercício, a direção do banco Santander volta a demiti-lo após o encerramento de suas férias.

Nota em defesa ao funcionário

"Estamos presenciando uma situação onde um trabalhador é constantemente perseguido pela instituição financeira a qual ele dedicou quase 30 anos de sua vida, e que por isso adquiriu uma doença que ele vai carregar para o resto da vida. E quando o trabalhador mais precisa de apoio da empresa que ele ajudou a enriquecer, ela (a empresa) o presenteia com mais uma tentativa de 'descarte' humano. É esta a postura do Santander, que há anos vem promovendo a demissão de pessoas que dedicaram boa parte de suas vidas ao banco e que, desde que a nova lei trabalhista entrou em vigor, quer retirar direitos sem sequer negociar com o Sindicato, e isso não podemos admitir de forma alguma", menciona Clemilson Farias, diretor de Imprensa do Sindicato dos Bancários e Trabalhadores do Ramo Financeiro de Rondônia (SEEB-RO) e funcionário do Santander, que lembra que este já é o terceiro funcionário que está amparado por decisões de reintegração em tutela antecipada - ainda em trâmites - e que o banco espanhol demite, desafiando também a Justiça Trabalhista.

Fonte: Contraf-CUT e Seeb/RO

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