Quarta, 11 Abril 2018 00:00

Novos protestos no Brasil e no exterior

Novas manifestações pela libertação do ex-presidente Lula ocorreram nesta quarta-feira (11/4), nos mais importantes estados do país. No Rio de Janeiro houve ato no Lardo da Carioca, com apresentação de esquete da Cia de Emergência Teatral com críticas ao comportamento autoritário e seletivo de parte do Judiciário, que condenou Lula em primeira e segunda instâncias sem provas e ao Supremo Tribunal Federal (STF), que rejeitou habeas corpus ao ex-presidente, mesmo com a Constituição determinado a prisão de um acusado somente após o processo ter sido julgado em última instância.
Além das manifestações nos estados, houve interrupção de vias pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), em pelo menos sete estados (Minas Gerais, Pernambuco, Bahia, Alagoas, Sergipe, Santa Catarina e Rio Grande do Sul). Em Belo Horizonte foram interrompidas ruas com a queima de pneus. Além da continuidade da vigília em frente à Superintendência da Polícia Federal em Curitiba, onde Lula se encontra preso.
Durante o protesto carioca, foi também cobrada celeridade na investigação do assassinato da vereadora Marielle Franco, do PSOL, que completa um mês no sábado próximo. Participaram do ato bancários, petroleiros, representantes da CUT, CTB, da Frente Brasil Popular e da Frente Brasil Povo Sem Medo, servidores federais, da educação, estudantes, trabalhadores rurais sem terra, e dos partidos PT, PCdoB, PSOL e PCB. Após o ato foi feita, na Cinelândia, uma assembleia popular, como parte das manifestações.
Prisão arbitrária
A diretora de Comunicação da CUT do Rio de Janeiro, Duda Quiroga, classificou a prisão de Lula como arbitrária por ter sido decretada sem provas e sem respeito ao direito a recursos previstos em lei. “O verdadeiro motivo foi tentar evitar que Lula, que em todas as pesquisas eleitorais aparecia em primeiro lugar, participasse e vencesse as eleições, trazendo de volta um governo popular e democrático, voltado para os mais pobres”, afirmou a dirigente. Completou dizendo que a ideia dos partidos de direita, dos megaempresários e de parte do judiciário é garantir a eleição de um candidato que dê continuidade ao projeto de retirada de direitos dos trabalhadores visando enriquecer ainda mais os grandes grupos econômicos, imposto por Temer, e de entrega das estatais e das riquezas naturais do país.

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