Terça, 10 Abril 2018 00:00

SAÚDE CAIXA - Estatal retira R$ 5,2 bilhões dos empregados para alavancar lucro

A alteração no Saúde Caixa custeou o faturamento do banco em R$ 5,2 bilhões no ano passado. Essa mudança reflete diretamente no empregado e aposentados que sofrem reflexos por causa da redução de benefícios. O limite de 6,5% para a folha de pagamento para despesas do banco com a política de assistência ao empregado, que engordou o resultado financeiro líquido de 12,5 bilhões (205% a mais que o ano anterior), é o teto programado.

As reclamações estão cada vez maiores, visto que, membros eleitos do Conselho de Usuários constataram diversas reclamações sobre o plano de saúde. Há dez dias atrás um ofício foi protocolado e entregue a Caixa, que teve acesso às reclamações, como, ter de esperar mais de três meses por liberações de autorizações prévias (médicas e odontológicas), além de atrasos no reembolso sem qualquer esclarecimento e a diferença na cobrança de participação acima do teto máximo.

De acordo com a legislação, ao menos 25% do lucro devem ir para o Tesouro Nacional como dividendos. No entanto, já foi anunciado que o Tesouro deixará o recurso para capitalizar a Caixa conforme o acordo de Basileia.

“O governo está usando a redução de um benefício essencial do trabalhador para capitalizar a Caixa. A reversão desses R$ 5 bilhões de provisões é algo que não se repetirá mais. Porém, a redução do acesso dos usuários ao plano de saúde será permanente”, alerta o presidente da Fenae, Jair Pedro Ferreira.

Conforme o prevê o Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) vigente até agosto de 2018, 70% das despesas assistenciais do Saúde Caixa são de responsabilidade da Caixa e 30% dos empregados, sendo os demais custos arcados 100% pela patrocinadora. Com a inclusão do teto para gastos da Caixa, à medida em que as despesas medicas forem aumentando e extravasem o limite dos 6,5% da folha, as cobranças sobre os usuários vão aumentar.

Fonte: Contraf-CUT

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