Segunda, 02 Abril 2018 00:00

Participação nos Lucros é mais uma demonstração de que a estratégia da atual diretoria do Sindicato em defender acordo bianual foi acertada e vitoriosa - PLR na Caixa é mais uma conquista do acordo de dois anos dos bancários

A Caixa Econômica Federal obteve um lucro líquido recorde em 2017: R$ 12,5 bilhões, o maior da história do banco. O resultado é 202,6% maior do que resultado obtido em 2016. Se considerarmos o resultado recorrente, o lucro é de R$ 8,6 bilhões, também o maior da série histórica, com uma alta de 72,3% em 12 meses. A empresa creditou a segunda parcela da Participação nos Lucros e Resultados (PLR) dos empregados na última terça-feira (27). “Os bancários mais novos não sabem, mas a PLR é uma conquista da mobilização dos trabalhadores ao lado dos sindicatos, e passou a ser paga em 2004 pelo banco. Na Campanha nacional da categoria, graças ao acordo de dois anos (2016/2018), nós garantimos aos empregados esta e outras conquistas importantes, o que reafirma que nossa estratégia foi acertada”, disse o vice-presidente do Sindicato, Paulo Matileti.
O sindicalista destacou ainda que o lucro extraordinário, que supera inclusive o desempenho das instituições privadas, é resultado da exploração do banco, que elevou a pressão, o assédio moral e a sobrecarga de trabalho nas unidades, com o corte de mão-de-obra e a não contratação de novos concursados.
“A empresa ganha mais dinheiro, porém os funcionários perdem com a política do governo e da direção do banco, limitando os gastos com a folha de pagamento e com a oferta de assistência à saúde dos empregados. Esse limite gerou a reversão da provisão atuarial constituída, com efeito não recorrente de R$ 4 bilhões no lucro líquido. E a população sofre com um atendimento ainda mais precário nas agências”, acrescenta.

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