O maior lucro na história obtido pela Caixa foi no ano passado, quando o banco lucrou R$ 12,5 bilhões. Essa quantia recorde significa um crescimento de 202,6% em relação ao ano de 2016.

Altas tarifas e exploração

De acordo com o relatório do banco, esse resultado deve-se à limitação de gastos com a folha e com ofertas de assistência à saúde dos empregados. Porém as receitas obtidas por meio de tarifas bancárias e outras taxas totalizam R$ 25 bilhões, crescendo 11,5%.

“Infelizmente, as taxas e tarifas cobradas pela Caixa, que sempre foram bem menores do que as dos demais bancos, aumentaram e, em muitos casos chegam a superar as cobradas pela concorrência. Com isso, além dos impostos já cobrados pelo governo, a população precisa pagar caro se quiser contar com os serviços bancários”, apontou Dionísio Reis, coordenador da Comissão Executiva dos Empregados da Caixa (CEE/Caixa).

O banco encerrou o ano com 87.654 empregados e fechamento de 7.324 postos de trabalho em relação a dezembro de 2016. Saldo esse que se deve a adesão de 7.023 empregados ao Programa de Desligamento Voluntário Extraordinário. Foram fechadas 18 agências, 55 lotéricos e 1.737 correspondentes Caixa Aqui.

O fechamento de agências resulta diretamente no desempenho do funcionário empregado, que por muitas vezes sofre com a sobrecarga de trabalho, realizando multitarefas e culminando em um atendimento com baixa qualidade para seus clientes, que acabam se concentrando em grandes números nas agências restantes. Fabiana Uehara Proscholdt, secretária de Juventude da Contraf e empregada da Caixa, alerta que os bancários da Caixa sofrem com a sobrecarga de trabalho e chegam a adoecer devido ao excesso de trabalho. “O banco precisa obter bons resultados, mas não massacrando os trabalhadores”, disse.

Fonte: Contraf-CUT