Quarta, 21 Março 2018 00:00

Chapa 1 – Em defesa da Cassi

Estamos no meio de uma das eleições mais acirradas da Cassi, muita gente se manifestando nas redes e, aí começa a aparecer o velho e surrado nós X eles, o tostão X milhão, Golias X David, sabidos X burros/despreparados, puros X contaminados., robôs X pessoas reais. Pois é, tem gente que se acha muito sabida, chama sindicalistas de “contaminados” e acredita que tem robô comentando no Facebook.
Para mim, o que existe são concepções diferentes de mundo e, SIM, duas ideologias conflitantes em ação. Uma, que está mais representada na Chapa 1 e outra que é da chapa 4.
A Chapa 1 – Em Defesa da Cassi fala para um COLETIVO em oposição ao individualismo e é composta por pessoas com trajetória de luta contra o autoritarismo e abusos existentes no Banco. Lutam contra práticas de assédio, como aquelas praticadas por um dos membros da chapa 4, denunciam o adoecimento praticado pelo Banco, fazem ou já fizeram greve, se expõem constantemente em defesa dos funcionários, há anos lutam por uma Cassi melhor.
Um ponto a destacar é que pensam no BB como um BANCO PÚBLICO, como um efetivo instrumento para fomentar o desenvolvimento social e econômico do País e dos brasileiros. Hoje, no máximo, o BB se diz uma empresa de “espírito” público, o que é muito pouco diante das necessidades do País.
Colegas da Chapa 1 sempre estiveram nos piquetes, desde a madrugada, lutando para que TODOS os funcionários do BB tivessem acordos melhores, mais benefícios, mais PLR, menos exploração. NENHUM benefício dos funcionários do BB foi dado sem pressão dos sindicalistas e/ou das entidades. E TODOS sempre se beneficiaram dessas lutas, mesmo sem mover uma palha sequer.
E temos a chapa 4, formada por pessoas que legitimamente escolheram se dedicaram às próprias carreiras, focaram nas suas “trilhas de desenvolvimento”, miraram na pontuação no TAO, colaboraram com planos de reestruturações do Banco (em 2001, governo FHC, lembram?), que foram muito bem formados [com dinheiro público de programas do Banco), galgaram bons postos, chegaram ao ponto da ganharem polpudas PLR (fruto da luta coletiva) e que têm uma visão de um BB mais voltado para o MERCADO.
Esses são os sabidos que o tempo todo exibem seus diplomas, conhecimentos técnicos e MBA, como sendo a solução para os problemas da Cassi. Renegam os saberes de quem conhece a Cassi há muitos anos, por causa das lutas em sua defesa.
São aqueles que, em função do cumprimento das METAS, adoeceram funcionários, foram pragmáticos nas GDP e, muito grave, muitas vezes fecharam os olhos contra atitudes antiéticas para baterem uma META, pra avançar no Sinergia, pra mudar de prata pra ouro. Os mesmos que apenas obedecem e cumprem ordens. Estou falando grego?
Essas são duas visões que se contrapõem neste certame. A Chapa 1 (UM) sabe que seu lado é COM OS FUNCIONÁRIOS em defesa de uma Cassi que JAMAIS deverá ser entregue ao mercado, e que o diretor ELEITO tem um papel de defesa do associado e de seus direitos. Sabe que o BB tem um lado que não nos favorece e que precisa ser confrontado.
De outro lado, temos colegas que entendem que a vida é uma planilha perfeita, onde tudo se encaixa e que é preciso “equalizar”, “otimizar” tudo tecnicamente e sem política. Colegas que, lamento, não têm – em sua formação intelectual – clareza política do que se exige de um representante DOS funcionários e que cresceram no Banco aprendendo a dizer SIM, SENHOR, MANDA QUEM PODE, OBEDECE QUEM TEM JUÍZO!

Sou Chapa 1 (UM), mais do que nunca, EM DEFESA DA CASSI.

Sandra Miranda, aposentada do e ex-presidente da APABB
(Associação de Pais, Amigos e Pessoas com Deficiência, de
Funcionários do Banco do
Brasil e da Comunidade).

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