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Diagramação: Marco Scalzo
Diretora de Imprensa: Vera Luiza Xavier
Carlos Vasconcellos
Imprensa SeebRio
Trabalhadores que fazem entrega de comida e lanches por meio de aplicativos do tipo Ifood, estão realizando um movimento grevista em várias partes do país. A categoria não possui direito a nada: aposentadoria, FGTS e nem férias remuneradas. Eles denunciam que, quando acontece um acidente, os entregadores não recebem nenhuma assistência, mas as empresas apenas enviam outro trabalhador para atender à entrega aos clientes, numa prática desumana.
"É uma covardia o que estas empresas fazem com estes garotos. Muitos passam o dia inteiro sem comer e muitas vezes não têm sequer o que levar para o sustento de suas famílias, mesmo estando diante de comidas e lanches a sua frente que entregam aos consumidores. É uma exploração sem limites e este é o modelo de trabalho que o Governo Bolsonaro quer oferecer para o país", critica a diretora do Sindicato dos Bancários do Rio, Vera Luiza Xavier.
A situação dos entregadores ficou ainda pior com a alta do dólar, que elevou drasticamente o valor dos combustíveis e reduziu os ganhos destes trabalhadores, já muito restritos.
Os números do emprego no Brasil são alarmantes. Além de mais de 14 milhões de desempregados e seis milhões de desalentados (pessoas que desistiram de procurar emprego), metade da população economicamente ativa está no mercado informal, sem nenhum direito.
Em Jundiaí e Paulínia, interior de São Paulo, a paralisação dura mais de uma semana, mas as empresas não dão qualquer resposta aos trabalhadores, que vivem uma rotina precária de trabalho. Nesta sexta (15) a greve é em Niterói e em São Gonçalo e acontece também em Bauru (SP). A luta é por melhores taxas de entrega, fim dos bloqueios indevidos e das coletas duplas.
A hora da solidariedade
O movimento grevista conta com apoio da sociedade, através das redes sociais, com as hashtags #APiorEmpresaDoMundo e o #BrequeDosApps.