Segunda, 25 Junho 2018 19:10

Bancários querem a sociedade no debate do papel dos bancos

Adriana Nalesso defende a regulamentação do sistema financeiro  e quer envolver a sociedade nos debates da campanha dos bancários Adriana Nalesso defende a regulamentação do sistema financeiro e quer envolver a sociedade nos debates da campanha dos bancários

O Sindicato dos Bancários do Rio de Janeiro lançou, na quinta-feira, 21 de junho, no Largo da Carioca, centro da cidade, a campanha salarial 2018. 
A presidenta da entidade, Adriana Nalesso, pediu o apoio da população para a luta da categoria. “Este setor (os bancos) altamente lucrativo explora não somente os funcionários, mas também os usuários dos serviços, ao demitir trabalhadores, piorando o atendimento à população nas agências. Queremos dialogar com a sociedade sobre o papel do sistema financeiro nacional. O povo é explorado e desrespeitado pelos bancos, que cobram as mais altas taxas de juros do mundo e oferece um atendimento ruim em função das demissões ”, disse. Nalesso lembrou que os juros cobrados no cartão de crédito chegam a 300% ao ano e no cheque especial, 200%. 
Lucros crescem
Adriana destacou ainda que os lucros das instituições financeiras não param de crescer. ”Só em 2017, os cinco maiores bancos faturaram R$72 bilhões, enquanto a crise resulta em 13 milhões de desempregados e milhares de empresas fechadas”, afirmou, defendendo a regulamentação do sistema financeiro nacional. 
Marcello Azevedo, diretor da Fetraf-RJ/ES, criticou o acúmulo de riqueza dos banqueiros num país com tantas contradições sociais. “Banqueiro no Brasil tem privilégio. Ganha muito dinheiro sem nenhuma contrapartida para o país, por isso o povo detesta banco”, afirmou. 
O ato contou com a participação do vereador do Rio e funcionário do Banco do Brasil, Reymont Otoni (PT), que considera a campanha dos bancários um movimento em defesa da democracia e contra o impeachment da presidenta Dilma, que levou Temer ao poder. Reymont destacou a luta da categoria em defesa do emprego e do trabalho sem assédio moral. Citou ainda os pesados prejuízos para o povo, como a retirada de direitos, o desemprego e os aumentos da gasolina e do gás de cozinha.  

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