Segunda, 05 Fevereiro 2018 00:00

Maldade à espanhola

Funcionários param em todo o país contra mudanças arbitrárias do Santander. Banco impõe retirada de direitos e não dialoga com representação sindical

Os bancários do Santander fizeram nesta quarta-feira (31/1), um protesto nacional, com paralisações dos principais prédios, contra a retirada de direitos imposta pelo banco espanhol desde o fim de 2016, mesmo antes da reforma trabalhista de Temer entrar em vigor. “Demos hoje um recado claro exigindo a abertura imediata de negociações em torno destas mudanças impostas de maneira arbitrária”, avisou Marcos Vicente, diretor do Sindicato e membro da Comissão de Organização dos Empregados (COE).
No Rio de Janeiro, a paralisação convocada pelo Sindicato teve uma grande adesão, parando cerca de 1.100 funcionários de três grandes prédios: o Call Center, o Regional Rio (Rio Branco, 70) e o Regional Centro (Avenida Presidente Vargas, 100). Além das agências destes dois últimos.
As imposições
O Santander implantou um sistema para forçar os funcionários a assinarem um acordo individual de banco de horas semestral, uma medida inconstitucional. Antes dos protestos, os trabalhadores já haviam se reunido com o banco para questionar a medida. O banco manteve a intransigência e disse que não negociaria.
Também sem nenhuma negociação, informou a alteração do dia de pagamento dos salários, do dia 20 para o dia 30, e os meses de pagamento do 13º salário, antes março e novembro, para maio e dezembro. Houve também aumentos abusivos no plano de saúde, além de um grande número de demissões.

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