Quinta, 28 Junho 2018 20:48

CAMPANHA NACIONAL DOS BANCÁRIOS - Fenaban: jogo duro de sempre

ADRIANA NALESSO: “ A Convenção Coletiva é nosso direito. Vamos nos mobilizar  para defender e conquistar o aumento real e a garantia de tudo que foi acordado em 2016” ADRIANA NALESSO: “ A Convenção Coletiva é nosso direito. Vamos nos mobilizar para defender e conquistar o aumento real e a garantia de tudo que foi acordado em 2016”

Negociadores dos bancos frustram bancários ao não assinarem  pré-acordo. Próxima rodada está marcada para 12 de julho

Como sempre ocorre a cada início da negociação anual da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT), os banqueiros fizeram a mesma encenação, na primeira rodada na quinta-feira (28), em São Paulo, indicando que vão jogar pesado. Negaram a assinatura do pré-acordo, o que garantiria a validade do acordo de 2016 até a assinatura do próximo, assegurando todos os direitos consignados na Convenção Coletiva. 
Também se recusaram a estabelecer um calendário de negociação, pautando-se nas ameaças e intimidações, sustentando-se num discurso jurídico que ignora a história da CCT e o seu valor. Por causa dos riscos impostos pela reforma trabalhista, muitos direitos se encontram ameaçados. 
Mas as reivindicações dos bancários são conhecidas desde o último dia 13, quando a pauta da categoria foi entregue aos bancos. Apesar disso, os negociadores patronais disseram que vão consultar os bancos para trazerem uma resposta na próxima rodada marcada para o dia 12 de julho. É estranha a postura dos negociadores, já que o presidente da Fenaban, Murilo Portugal, exaltou a importância da CCT, quando da entrega da pauta de reivindicações. 
Aumento real
Os bancários reivindicam um mais que merecido aumento real de salário, sem que seja necessário enumerar motivos para esse merecimento. Basta ver os resultados dos balanços financeiros amplamente divulgados a cada trimestre. 
Conquistas como estabilidade pré-aposentadoria, auxílio-creche babá, licença maternidade e paternidade, PLR, tíquetes refeição e alimentação, além de outros sofrem graves ameaças na mesa. 
A presidenta do Sindicato, Adriana Nalesso, lembra que a CCT dos bancários tem 26 anos de história e conquistas e que os bancos têm todas as condições de manter os direitos e garantir o aumento real de salários. “A Convenção Coletiva é o nosso direito. Os bancos podem e devem aos trabalhadores bancários os resultados expressivos que têm, afinal, é o único setor que aumenta suas margens de lucro a cada ano. Não existe crise para os bancos, portanto, que garantam nossos direitos e aumento real”, disse. 
Mobilização
Adriana defende a manutenção da mesa única de negociação – bancos públicos e privados – e prega a unidade para a categoria superar os desafios e sair com garantias na campanha. “Esse é o momento de combatermos a reforma trabalhista, que enfraquece a negociação coletiva. Para nós a luta é coletiva e não individual. Estamos em um ano importante. Vamos nos mobilizar para defender nossos direitos, o aumento real e a democracia. Na hora de votar precisamos estar atentos ao que os candidatos defendem, principalmente não apoiar aqueles que defenderam a reforma trabalhista”, convocou.  

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