Terça, 03 Julho 2018 18:40

Temer paga R$2,7 bilhões por dia de juros aos bancos

O governo Michel Temer (MDB) congelou por 20 anos investimentos em educação e saúde, com a aprovação da Proposta de Emenda Constitucional (PEC 241/2016). Mas a proposta de um estado mínimo só vale para as demandas sociais do povo brasileiro. Para pagar juros aos bancos, o governo não tem limites. Tanto assim que o Palácio do Planalto reservou R$ 968 bilhões do orçamento deste ano para o pagamento de juros, encargos, amortização e refinanciamento da dívida. Dividido em 365 dias, o valor chega as cifras absurdas de R$ 2,7 bilhões por dia para enriquecer ainda mais bancos privados, nacionais e estrangeiros. Os quase 1 trilhão arrecadados em impostos e fruto do trabalho dos brasileiros que vão o bolso das instituições financeiras, só de juros da dívida, são cerca de dez vezes mais do que os R$ 130 bilhões que o governo reservou para a saúde ou os R$ 89 bilhões para a educação. Quase a metade do orçamento é para pagar juros e amortizações. 
“Um país que patina na qualidade do sistema público de educação e tem uma demanda histórica e urgente de implementar escolas em horário integral para todas as crianças e jovens brasileiros e onde a população morre sem atendimento médico e hospitalar decente não pode tolerar um governo que tira investimentos sociais para encher os bancos de mais dinheiro”, critica o vice-presidente da Contraf-CUT, Vinícius de Assumpção. 
Mas não é só para pagar juros da dívida pública que o governo tira dos pobres para dar aos mais ricos. Os brasileiros pagaram, em março deste ano, 243,5% de juros aos bancos no cartão de crédito, 4,4% a mais do que em fevereiro.
“O Brasil, onde crescem a miséria nas ruas e o desemprego não pode continuar a ser o paraíso dos banqueiros. É preciso romper com este modelo econômico”, acrescenta Vinícius. 


Família Setúbal fatura R$9 bi em 5 anos sem pagar impostos

Trabalhadores, especialmente os mais pobres, são vítimas dos altos impostos que reincidem sobre os produtos. A classe média também pena ao pagar até 27% de seu salário ao Imposto de “Renda”, descontado na fonte.  
Mas você já imaginou faturar em cinco anos R$9 bilhões sem pagar nadinha de imposto? Pois esta dinheirama ganha pela família Setúbal, donos do Itaú, maior banco privado do país, não descontou um só centavo de imposto, graças a benesse de uma lei sancionada pelo então presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB), em 1990. O total distribuído pelo banco em dividendos para acionistas e executivos no mesmo período foi de R$46,6 bi, também isento de impostos. O Brasil é mesmo o paraíso dos banqueiros. 

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