Quarta, 04 Julho 2018 17:49

BOLA MURCHA - Itaú: campeão do assédio e das demissões

Matéria do Jornal Bancário trouxe denúncias de que o mesmo Gerente de Serviço Operacional (GSO) do Itaú estaria se utilizando de práticas abusivas de assédio moral para exigir metas de sua equipe. Em vez de tomar providências para coibí-las o banco vem agindo de forma a incentivar este comportamento, o que fez com que chegassem ao Sindicato denúncias de que gestores de outras áreas também estariam se utilizando do terror psicológico e da prática de humilhações sistemáticas que caracterizam o assédio, com o mesmo objetivo.

Para a diretora do Sindicato e membro da Comissão de Organização dos Empregados, Maria Izabel Menezes, ao se utilizar deste expediente, os GSO mostram, além de covardia, despreparo para lidar com a equipe, ignorando a necessidade de dialogar e estimular o bancário. “Para piorar o banco, ao não tomar qualquer atitude para acabar com o assédio termina por incentivar esta prática. E a estimula ainda mais, ao estabelecer metas inatingíveis de venda de produtos, como os 1.200 pontos cobrados, e ao submeter os funcionários às regras falhas e nada transparentes do SQV (Score de Qualidade de Vendas)”, afirmou Izabel.

Armadilha para demitir

Na avaliação da dirigente, na verdade, estes dois procedimentos são uma armadilha. Juntos têm servido para justificar demissões que visam apenas aumentar ainda mais o lucro do banco. De um lado, gestores sem preparo e liderança perseguem e adoecem bancários para que atinjam metas absurdas. De outro, o Itaú pune com a demissão os que não observarem as regras nada claras do SQV que estabelece “limites de conduta”.

“Sabemos que empresas foram contratadas para ligar para clientes e saber, por exemplo, o motivo pelo qual cancelaram determinado produto e, dependendo da reposta, o SQV pode classificar o caso como má conduta, dando origem a advertência ou até mesmo demissão, sem direito à defesa”, contou Izabel. Acrescentou que estão sendo feitas mobilizações regionais e nacionais para pressionar o Itaú a explicar detalhadamente os verdadeiros critérios do SQV. “Vamos continuar pressionando”, advertiu.

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