Segunda, 19 Março 2018 00:00

Bancárias denunciam: morte de Marielle é violência contra mulheres e negros

O assassinato da vereadora Marielle Franco, do PSOL, revela um aspecto macabro da sociedade: os preconceitos racial e de gênero. Para as bancárias dirigentes sindicais, é preciso investigar a morte brutal da militante e punir os responsáveis, mas o caso reproduz a banalização da violência contra mulheres, negros e negras, pobres e moradores de favelas.
“É preciso entender, que todos os dias, mulheres negras são vítimas da violência e do preconceito neste país. A violência urbana é mais uma faceta desta realidade, que revela a discriminação racial e de gênero. É inadmissível, que em pleno século XXI, esta situação continue a fazer parte de nosso cotidiano”, afirma a diretora da Secretaria de Políticas Sociais do Sindicato, Kátia Branco.
A presidenta do Sindicato, Adriana Nalesso, criticou a reação de setores reacionários da sociedade, que querem tratar a questão social como caso de polícia e, agora, até de intervenção do Exército.
“O preconceito e a intolerância ficaram explícitos nas redes sociais. Vários boatos foram criados após o assassinato, como o de que Marielle seria ex-mulher de traficante e candidata bancada pelo tráfico. O racismo é explícito em pessoas que insistem em relacionar a imagem da população negra ao crime organizado. Não há dúvidas que a maioria da população carcerária é negra e pobre. Mas isto é fruto do preconceito racial e da exclusão social neste país”, afirma.

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