Segunda, 19 Março 2018 00:00

Executivo, Lazari assume a presidência do Bradesco

Octavio de Lazari Junior é o novo presidente do Bradesco. Executivo de 54 anos, desde 1978 é funcionário do banco e já exercia a função de Vice-Presidente do grupo BradescoSeguros, Lazari substitui Luiz Carlos Trabuco, confirmado na Assembleia dos Acionistas, ele será o quinto presidente do banco.

Lazari aponta como principal meta, resultados imediatos, e também afirma buscar equilíbrio entre o banco do passado e o do futuro. O presidente refere-se ao banco do passado, como as agências físicas ou “agências de tijolos”, na qual o atendimento com seu cliente é pessoal e diário. Enquanto banco do futuro significa “Open Banking”, modelo adotado pelos bancos através de recursos tecnológicos para se conectar e abordar sua clientela.

Considerando como seu “ganha pão diário”, Lazari defende que o banco ofereça investimentos a seus clientes de varejo só quando for necessário. “Se o Bradesco resolve abrir totalmente sua plataforma, inclusive nas agências, eu deixo de ser um banco e viro uma corretora. E uma corretora não precisa ter 20 mil gerentes 5 mil agências, 14 mil homens em armas para proteger as agências. Então, não faz sentido isso, para nós que somos banco”, afirmou.

A meta do presidente contradiz com o cenário atual encontrado no Bradesco. Lazari prega o discurso de valorização das agências, quando o banco anuncia que mais duzentas serão fechadas. Ao todo o número do ano passado somou o encerramento de 565 agências.

Diante de todas mudanças, os funcionários seguem sem esperança de ter um futuro agradável dentro do banco, tudo isso por que as demissões seguem a todo vapor, principalmente para os empregados que estão próximos da aposentadoria. Além da redução em seu quadro de empregados, quando 10 mil postos de trabalho saíram no PDVE em 2017 não havendo recomposição até hoje, os funcionários ficam sobrecarregados, tendo uma jornada de trabalho acumulada, por fim, refletindo também em seus clientes, que acabam sendo mal atendidos.

“Espero que o novo presidente valorize as negociações com a Comissão dos Empregados, pois, há mais de 10 anos negociamos com o banco e tivemos pouco avanço. Nossa última conquista foi a isenção de tarifas, na qual o banco não cita ser fruto da negociação com seus empregados”, afirma Marcelo Pereira, COE do Bradesco.

“Nos últimos anos a gestão do RH só sabe dizer: Não! Não ao Auxílio Educação, e também ao Plano de Saúde, este último que o banco insiste em dizer que é Seguro Saúde, para dificultar o empregado em ter esse direito quando estiver aposentado”, conclui.

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