Quinta, 05 Julho 2018 17:56

Paralisação no Itaú exige fim do assédio e das demissões

Nesta quarta-feira (5/7) o Sindicato paralisou a agência Itaú Rio Haddock Lobo, no Largo da Segunda-Feira, na Tijuca, em mais uma etapa das mobilizações do Rio de Janeiro para exigir que o banco marque uma negociação para discutir o fim do assédio moral, do processo de demissões, baseadas, muitas delas, nos critérios subjetivos do SQV (Score de Qualidade de Venda). Mobilizações semelhantes têm acontecido no restante do país com os mesmos objetivos.

A presidenta do Sindicato, Adriana Nalesso, criticou o Itaú, lembrando que o banco não tem nenhuma justificativa plausível para manter um permanente processo de demissões. “Tem batido a cada ano seus próprios recordes de lucro. Portanto, ao impor mais dispensas em um momento de crise no restante da economia, coloca em situação muito difícil os bancários, suas famílias, ajudando a aumentar o desemprego, prejudicando todo o país do ponto de vista social e econômico, por pura ganância”, afirmou.

Mobilizações vão continuar

O prédio da Rio Haddock Lobo foi o escolhido por nele também funcionar o escritório onde ficam os Gerentes de Suporte Operacional (GSOs). O Sindicato recebeu denúncia de que um deste gestores usava o assédio moral para pressionar seus subordinados a atingir as metas absurdas de venda de produtos. Durante a paralisação, o setor de Relações Sindicais do Itaú ligou para Adriana, para negociar a suspensão do movimento, recebendo como resposta que isto só seria possível caso o banco aceitasse marcar a negociação sobre assédio, demissões e SQV. Como não houve novo contato na ocasião, a paralisação foi mantida. Maria Isabel, integrante da Comissão de Organização dos Empregados (COE) advertiu que as mobilizações vão continuar até que a reunião seja agendada. No fim da tarde, a Relações Sindicais do Itaú fez contato, se comprometendo a marcar o encontro para a próxima semana.

O diretor do Sindicato, Adriano Campos, acrescentou que já tinha sido levado ao banco, em março, denúncia do grave problema de assédio moral praticado por um GSO, cobrando o fim deste comportamento. Ao não responder, o Itaú acabou incentivando outros gestores a fazerem o mesmo. “O fato vem se repetindo em outras regiões, o que torna a negociação ainda mais urgente”, advertiu.

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