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Diagramação: Marco Scalzo
Diretora de Imprensa: Vera Luiza Xavier
Bancários realizaram, no último dia 5, protesto contra projeto privatista de Temer e destacam relevância da unidade dos trabalhadores contra a crise
O Sindicato dos Bancários do Rio realizou na quinta-feira, 5 de julho, junto com várias outras categorias, como petroleiros e eletricitários, uma manifestação em defesa dos bancos, empresas públicas e estatais e contra o projeto privatista do governo Michel Temer (MDB). O ato fez parte de uma atividade em nível nacional. Nesta sexta-feira, 13, haverá uma nova atividade organizada pela CUT-Rio, a partir do meio-dia, em frente ao Metrô da Carioca (Av. Rio Branco). “O atual projeto de privatização não é no modelo clássico, como o realizado no governo Fernando Henrique Cardoso, que privatizou bancos estaduais e empresas públicas, mas feito de forma fatiada, com o desmonte das instituições para, em seguida, entregá-las ao capital privado”, disse o diretor do Sindicato, José Ferreira. O sindicalista destacou que a manifestação não tem apenas o objetivo de defender quiestões específicas da categoria.
“Não estamos aqui apenas defendendo o emprego destas categorias. Uma empresa pública forte é fundamental para o desenvolvimento econômico e social, especialmente no momento em que nossos jovens estão perdendo a vida para as balas perdidas nas comunidades, e perdendo o futuro diante do fracasso de um ensino público sem qualidade”, acrescentou.
Marcelo Azevedo, diretor da Contraf-CUT, também falou sobre a necessidade do envolvimento popular neste debate.
“Privatizar empresas públicas é negar o futuro das próximas gerações. Por isso, esta luta tem de ser de toda a sociedade brasileira”, ressaltou.
Causa global
Carlos Arthur Boné, que também é diretor do Sindicato, fez uma análise global da atual conjuntura política e econômica do Brasil. “Essa ofensiva contra empresas públicas, estatais e o patrimônio nacional, que ataca os direitos dos trabalhadores e o que restou do estado de bem-estar social é fruto de um projeto internacional do capitalismo neoliberal, para recompor os lucros do grande capital. Querem jogar esta crise sobre os ombros dos trabalhadores”, disse.
Boné destacou ainda a vitória do candidato de esquerda, Andrés Manuel López Obrador, que deu um basta a mais de 30 anos de governo neoliberal no México, como um “exemplo de que a mobilização popular pode reverter a crise criada pelo grande capital e que o neoliberalismo é sempre prejudicial a classe trabalhadora”.
“O momento é de unidade de todos os trabalhadores para derrotarmos este projeto que lança um número cada vez maior de brasileiros nas ruas e na miséria. Está claro para o povo que o atual governo não está atento às questões sociais e não tem a menor preocupação com as pessoas”, avaliou o vice-presidente do Sindicato, Paulo Matileti.