Segunda, 12 Março 2018 00:00

CARAVANA DA MULHER - Sindicato homenageia bancárias e defende igualdade de oportunidades

O Sindicato realizou, na última quinta-feira, dia 8 de março, uma caravana em agências do Centro do Rio, em homenagem ao Dia Internacional da Mulher. Dirigentes sindicais distribuíram a edição especial do Jornal da Mulher e do Jornal Bancário, este último com um poema dedicado a elas na primeira página.
Durante a atividade, as sindicalistas criticaram a desigualdade no mercado de trabalho, que privilegia os homens, e voltaram a defender a igualdade de oportunidades.
No final da tarde, as bancárias participaram de uma passeata, da Candelária até a Praça XV. Nem a chuva forte inibiu a motivação das manifestantes, que criticaram a intervenção militar no Rio e a discriminação de uma sociedade machista e injusta.
Desigualdade nos bancos
O Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED), divulgado pelo Ministério do Trabalho, no último dia 2 de março, revela que a discriminação de gênero continua intacta no mercado de trabalho e, nos bancos, a situação não é diferente. As 1.283 mulheres admitidas nos bancos em janeiro de 2018 receberam, em média, R$ 3.116,41. Esse valor corresponde a 71,8% da remuneração média dos 1.316 homens contratados no mesmo período. Nas demissões, a diferença de remuneração entre homens e mulheres também é gritante: as 991 mulheres desligadas dos bancos recebiam, em média, R$ 5.649,80, o que representou 76,3% da remuneração média dos 956 homens dispensados pelos bancos.
“O 8 de Março é muito importante para a luta das mulheres porque mesmo sendo quase 52% da população brasileira, ainda precisamos chamar a atenção para as disparidades que acontecem entre nós, mulheres, e os homens. Isso é visível no dia a dia e no mercado de trabalho. Os salários mais altos, assim como os cargos mais elevados, estão reservados para os homens. E quando uma mulher ocupa a mesma função que um homem, ainda assim, recebe menos”, afirma a presidenta do Sindicato, Adriana Nalesso. Ela criticou ainda as várias formas de assédio.
“Na categoria bancária o cenário também é cruel. Somos 53% e recebemos menos 20% que os homens. E mesmo tendo avançado, ainda somos vítimas de assédio moral e sexual”, critica. Destacou os avanços conquistados na sociedade contra a discriminação e a violência, como a aprovação da lei Maria da Penha. “Mas precisamos continuar a luta com muita determinação, que é uma das características femininas, para acabarmos de vez, com a desigualdade e a discriminação, um desafio que é de toda a sociedade”, conclui Adriana.

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