Segunda, 12 Março 2018 00:00

OPOSIÇÃO: RENOVAÇÃO E INDEPENDÊNCIA PARA LUTAR, É PRECISO MUDAR

Há 27 anos, nosso Sindicato é dirigido pelo mesmo grupo de pessoas que defende uma concepção de “Sindicato Cidadão” e o “Sindicalismo de Resultados”. De lá para cá, sofremos inúmeros ataques. Perdemos direitos e qualidade de vida.
Para a direção do Sindicato, os acordos coletivos durante os governos do PT foram “históricos”. Isto não é verdade. Durante este período, que foi quando os bancos aumentaram em mais de 1000% seus lucros, nós só recebemos migalhas. Não recuperamos os direitos perdidos durante o governo FHC e se iniciou um período de reestruturações sistemáticas nos bancos. A pressão por metas e o assédio moral se elevaram brutalmente.
Erros gravíssimos foram cometidos. A postura do Sindicato/Contraf CUT foi de parceria com os governos e direção dos bancos públicos. A tática de pautas rebaixadas e mesa-única de negociação nivelou nossa categoria por baixo.
Hoje, em que pese a CUT esteja fora do governo federal, as diferenças se mantêm muito profundas. A principal tarefa apontada pela diretoria do Sindicato, segundo sucessivas matérias no jornal BancáRio, é votar “bem” em outubro para que o próximo presidente cesse a onda de ataques e impeça as privatizações.
Se podemos tirar lições dos grotescos episódios de corrupção que vieram à tona nestes últimos anos é que as eleições (para os governos e parlamento) são um jogo de carta-marcadas. Serão eleitos somente aqueles que assumirem compromissos com o “mercado”, aqueles que receberem milhões de reais dos bancos e empreiteiras – mesmo que a lei não permita mais a doação de empresas, não faltarão CPFs para cumprir esse papel.
Ilusões eleitorais não pagam dívidas nem garantem os postos de trabalho. Seja lá quem for eleito, o próximo governo vai continuar nos atacando. Por isto não podemos voltar a cometer os erros do passado. É necessário, mais do que nunca, apostar única e exclusivamente nas nossas forças – na força da organização e da luta da classe trabalhadora.
Os muitos anos de cachimbo deixaram a boca torta. O movimento sindical se acostumou com a dinâmica dos anos anteriores e não está sabendo lidar com a nova conjuntura. Por isto, o imobilismo se aprofundou: acordo bianual e ausência de campanha salarial em 2017, ausência de campanha contra as reestruturações nos bancos públicos, completo afastamento do Sindicato dos locais de trabalho.
É possível impedir os ataques
O governo Temer aprofunda as políticas neoliberais, tendo como agenda um conjunto de Reformas que desonere as empresas e coloque sobre a classe trabalhadora o custo da crise que vem se arrastando desde 2008.
No entanto, está claro que a vida do governo não está fácil. A Reforma da Previdência, principal meta de Temer, foi engavetada depois de um ano em que o presidente moveu mundos e fundos para aprová-la.
Foram muitas lutas em 2017. O “Fora Temer” estava em todos os lugares. O que faltou foi firmeza das grandes Centrais Sindicais, em especial a CUT e Força Sindical. É possível e necessário retomarmos um processo de lutas unificado neste ano. E que tenhamos, como um dos centros, a luta contra a reforma trabalhista e a Lei das Terceirizações aprovadas em 2017.
É possível enfrentar os Bancos. Eles, que lucram quando a economia cresce e lucram ainda mais quando tem recessão, não são invencíveis. Mas é necessário investirmos em uma Campanha salarial de verdade. Paralisações de fachada, negociações intermináveis sem mobilização, só nos levam a derrotas. O Sindicato precisa ser um instrumento de organização da categoria para lutar. Precisa estar presente em cada local de trabalho, durante todo o ano, preparando a categoria para o enfrentamento.
É possível um Sindicato diferente
Necessitamos um Sindicato democrático e controlado pela base da categoria. As assembleias devem ser frequentes para debater e decidir a política da categoria, e não apenas ratificar as propostas de uma instância vertical, um “Comando” ou votar a deflagração e encerramento de greves.
Defendemos uma reforma estatutária que mude profundamente todo o funcionamento de nossa entidade - fim do presidencialismo, proporcionalidade entre as chapas que concorrem às eleições, revogabilidade dos mandatos pela base, rodízio nas liberações dos diretores, entre outras medidas.
Também somos contra a criação de qualquer contribuição sindical compulsória. A contribuição dos trabalhadores ao sindicato deve ser opcional.
Reivindicamos a CSP-Conlutas, Central Sindical que surgiu da ruptura com a CUT. A CSP expressa o conteúdo democrático e classista que defendemos. Um sindicalismo de total independência dos governos e patrões.

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