Sexta, 09 Março 2018 00:00

Sindicato homenageia bancárias e repudia discriminação de gênero

O Sindicato realizou, durante todo o dia 8 de março, uma caravana em agências do Centro do Rio, em homenagem ao Dia Internacional da Mulher. Dirigentes sindicais distribuíram durante todo o dia de ontem a edição especial do Jornal da Mulher e do Jornal Bancário, este último com um poema dedicado a elas na primeira página.

 

Durante a atividade, as sindicalistas criticaram a discriminação sofrida pelas mulheres no mercado de trabalho. A maioria da população brasileira é composta por mulheres: 51,7%. Dentre a população com idade de trabalhar, as mulheres também são majoritárias, correspondendo a 52,3% do total. Mesmo sendo maioria, a taxa de participação feminina no mercado de trabalho brasileiro é de 52,5%, ou seja, do total de mulheres com idade para trabalhar, um pouco mais da metade está ocupada ou procurando emprego. No caso dos homens, este percentual é chega a 72%.

Na taxa de desocupação, elas também são as maiores vítimas da crise econômica do país, que permanece em 14,2% no terceiro trimestre de 2017, chegando a um máximo de 15,8% no primeiro trimestre de 2017. Dentre os homens, o percentual permaneceu em 11%, chegando a um máximo de 12,1% no primeiro trimestre de 2017. O rendimento-médio por hora delas é 13% inferior ao dos homens.

 

Setor bancário

 

O Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED), divulgado pelo Ministério do Trabalho, no último dia 2 de março, revela que a discriminação de gênero continua intacta no mercado de trabalho e, nos bancos, a situação não é diferente. As 1.283 mulheres admitidas nos bancos em janeiro de 2018 receberam, em média, R$ 3.116,41. Esse valor corresponde a 71,8% da remuneração média dos 1.316 homens contratados no mesmo período. Nas demissões, a diferença de remuneração entre homens e mulheres também é gritante: as 991 mulheres desligadas dos bancos recebiam, em média, R$ 5.649,80, o que representou 76,3% da remuneração média dos 956 homens dispensados pelos bancos.

“Na categoria bancária o cenário também é cruel, somos 53% e recebemos menos 20% que os homens. E mesmo tendo avançado, ainda somos vítimas de assédio moral e sexual”, afirma a presidenta do Sindicato, Adriana Nalesso.

Já caminhamos muito e tivemos importantes vitórias como a aprovação da lei Maria da Penha, mas precisamos continuar com muita determinação que é uma das características femininas.

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