Escolhido para a mobilização de quarta-feira do Itaú no Rio, o prédio onde funcionam as agências digitais, na Rua da Passagem, em Botafogo, Zona Sul, não oferece livre acesso ao Sindicato. Mas isso não impediu que diretores da entidade distribuíssem o Jornal Bancário, convocando os bancários e bancárias para participarem ativamente da Campanha Nacional deste ano.
Em todo o país, o Dia Nacional em Defesa da Convenção Coletiva de Trabalho contou com atividades semelhantes. Os direitos da categoria estão ameaçados. Na última negociação, a Fenaban não assinou o pré-acordo de ultratividade que assegura a manutenção das cláusulas da CCT até a assinatura da próxima Convenç. A recusa significaria, segundo as novas regras trabalhistas do governo Temer, que as cláusulas contidas na convenção deixariam de valer a partir do dia 31 de agosto. A pressão dos trabalhadores precisa aumentar, tanto para obrigar a Fenaban a aceitar a extensão destes direitos, quanto mantê-los na nova CCT.
Rompendo a barreira
O diretor do Sindicato Adriano Campos elogiou a atividade no Itaú Digital. “Diferentemente de outras vezes, nesta quarta-feira os bancários paravam para conversar e ouvir as nossas informações o que mostra que a tentativa do banco de nos manter afastados dos bancários não deu certo”, afirmou.
O Itaú se utiliza do fato de os operadores das agências digitais trabalharem  num prédio comercial, onde funcionam outras empresas, para fazer um jogo estranho: não proíbe a entrada do Sindicato, mas também não autoriza.
“Insistimos para que o banco nos dê livre acesso ao Itaú Digital. Os bancários não podem ser mantidos sem o contato com o Sindicato. É direito da entidade sindical falar livremente com seus associados, ouvir suas queixas, levar informações, bem como fiscalizar o ambiente de trabalho para coibir qualquer irregularidade”, observou Adriano. O dirigente adiantou que enquanto esta celeuma não fora resolvida serão feitas outras mobilizações de 15 em 15 dias.