Quinta, 08 Março 2018 00:00

Mulher, seu voto não tem preço

As mulheres conquistaram o direito ao voto em 1932. Mas até hoje, e mesmo sendo 51,8% do eleitorado, seu número de representantes no Congresso Nacional não chega a 10%. A campanha “Mulher, seu voto não tem preço”, lançada originalmente pela União Brasileira de Mulheres, busca mostrar a importância de ampliar esta representação elegendo mulheres para o parlamento e para os cargos executivos.
“O aumento da participação das mulheres na política é importante para a democracia, mas também para que mulheres progressistas ampliem a luta para que os direitos sejam iguais para todos e por uma sociedade mais justa”, destaca a diretora do Sindicato, Mônica Ferreira. Na avaliação da sindicalista é preciso, nas eleições deste ano, levar ao poder mulheres comprometidas com o avanço das políticas públicas, que consolidem os direitos sociais para o povo. Eleger candidatas que se comprometam a defender o Sistema Único de Saúde (SUS), garantindo a ampliação de uma rede de atendimento digno e eficaz, e o acesso aos serviços com respeito ao corpo feminino. Que batalhem pela igualdade de oportunidades e salários no mercado de trabalho e pelo fim do assédio moral e sexual.
Escola integral
A campanha defende ainda que as mulheres se comprometam, na educação, a elaborar e fiscalizar conteúdos escolares e da mídia, que eduquem para o respeito às diferenças, combatam os estereótipos e valorizem as mulheres. Garantir escolas de período integral. Que valorizem o trabalho sem discriminação e com carteira assinada; e lutem pela licença-maternidade de seis meses com garantia do emprego. E cobrem o cumprimento da Lei Maria da Penha, com a implementação dos juizados especiais, a ampliação do número de casas abrigo e da rede de atendimento às mulheres em situação de violência, além da capacitação dos profissionais que atuam nas delegacias de atendimento à mulher (Deams).
Outro item importante é a defesa de candidatas que sejam comprometidas com o direito à interrupção da gestação pelo SUS. Que lutem por cidades mais humanas, pela aprovação de medidas que melhorem a vida cotidiana das mulheres e da sociedade, como iluminação pública eficiente, saneamento, esporte, cultura, lazer, transporte e habitação.

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