Sexta, 13 Julho 2018 19:57

Rio faz ato em Defesa das Empresas Públicas

No ato, a diretora da CUT/RJ, Maria Eduarda Quiroga, o vice-presidente do Sindicato, Paulo Matileti e a presidenta da entidade, Adriana Nalesso. No ato, a diretora da CUT/RJ, Maria Eduarda Quiroga, o vice-presidente do Sindicato, Paulo Matileti e a presidenta da entidade, Adriana Nalesso.

Bancários, petroleiros, empregados da Casa da Moeda e da Eletrobrás, entre outras categorias, participaram do Ato em Defesa das Empresas Públicas, na manhã desta sexta-feira (13/7), na Avenida Rio Branco, próximo à estação do Metrô Largo da Carioca. Nos discursos, os vários dirigentes sindicais que se sucederam destacaram que a privatização e a entrega do petróleo são parte do projeto entreguista que se instalou no governo desde o golpe em 2016 com a entrada do governo Temer, do qual fazem parte, também, a reforma trabalhista aprovada pelo Congresso Nacional e a da Previdência, barrada temporariamente.

A presidenta do Sindicato, Adriana Nalesso, alertou para o grande drama que seria para toda a sociedade a entrega dos bancos públicos ao setor privado. “Sou bancária do Itaú e como trabalhadora de banco privado luto para que se mantenham os bancos públicos. Nenhum banco privado financia nada para os pobres, não financia a educação nem a habitação. O sistema financeiro não enfrenta nenhuma crise e continua explorando”, disse, ao falar no ato.

Ressaltou ser inadmissível que se pague 300% no cheque especial e mais de 400% no cartão de crédito. Citando pesquisa do Idec disse que 62% dos usuários de bancos estão endividados. Disse ser necessário ampliar o debate com toda a sociedade sobre os prejuízos das privatizações. Lembrou da importância das empresas públicas e defendeu um pais para todos os brasileiros. Pediu às pessoas que tenham cuidado na hora de votar. "Fique atento ao que cada candidato vai falar e seu nome. O que o governo Temer fez até agora foi aumentar o número de desempregados. Não queremos a continuidade deste projeto", advertiu.

O presidente do Sindicato dos Moedeiros, Aloísio Júnior, afirmou que os trabalhadores conquistaram algumas vitórias nesta luta, como foi o caso dos da Casa da Moeda. Depois de muita luta, conseguiram ver aprovado no Congresso Nacional, projeto que torna competência exclusiva da União a produção de moeda e de passaportes no país, o que inviabilizou a venda da estatal.

Outra vitória importante proibiu a execução de qualquer venda de ativos de empresas públicas (BB, Caixa, Petrobras, Eletrobras e da própria Casa da Moeda) sem autorização do Congresso Nacional. A lei impediu que as privatizações fossem feitas ao bel prazer do governo Temer.

 

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