Segunda, 16 Julho 2018 19:58

BANCO PÚBLICO? - Caixa diz amém à Fenaban e também se nega a assinar pré-acordo

Com uma lógica cada vez mais voltada aos interesses do mercado privado, o que se aprofundou com o projeto privatista do governo Michel Temer (MDB), os bancos públicos se submetem às determinações de banqueiros e especuladores. De olho na fatia gorda do mercado ainda em mãos do Banco do Brasil, da Caixa Econômica Federal e do BNDES, os bancos privados influem na definição dos índices de reajustes e até no calendário das negociações. 
É o que acontece com a diretoria da Caixa Econômica Federal, que decidiu dizer amém à Fenaban e, como foi feito na mesa de negociação da Convenção Coletiva dos Bancários pela federação dos bancos, recusou-se a assinar o pré-acordo. Também na Caixa não está garantida a validade do acordo coletivo específico até depois da data-base da categoria, a chamada ultratividade. A negativa ocorreu na primeira rodada de negociação específica, nesta sexta-feira (13/7), em São Paulo.
Com a pressão dos sindicatos, os representantes do banco concordaram com a proposta de estabelecer um calendário de reuniões, dias 20 e 26 próximos, em Brasília. Saúde e Condições de Trabalho, Caixa 100% Pública e Nenhum Direito a Menos serão os temas da primeira, e, no dia 26, Saúde Caixa e Funcef.
Criando entraves
Segundo a direção da Caixa, os acordos específicos, antes de serem assinados, devem passar pela aprovação do Conselho de Administração (CA) do banco. A Comissão Executiva dos Empregados (CEE-Caixa) adiantou algumas reivindicações. Cobrou a revogação da versão 41 do RH 184, o fim da Gestão de Desempenho de Pessoas (GDP) e do descomissionamento arbitrário e, especificamente o descomissionamento de gestantes. O banco se comprometeu a avaliar as questões. 
Sobre a criação de unidades estatuais de Saúde do Trabalhador, por Gipes ou Repes, com a participação dos trabalhadores, o banco disse que todos as unidades da federação têm pelo menos um empregado responsável pelo tema. Os trabalhadores reclamaram que não é suficiente.
Já o fortalecimento dos Fóruns Regionais de Condições de Trabalho, a direção da Caixa alegou que “está em andamento”. Os empregados protestaram diante da demora para disponibilizar o incentivo à escolaridade em 2018. O banco informou que as bolsas para pós já estão disponíveis e que as para línguas e graduação devem estar até o final agosto. A CEE entregou ofício para reiterar a cobrança de mais transparência no Saúde Caixa, com a disponibilização de dados que permitam as entidades entender mais profundamente o plano de saúde.

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