Sexta, 02 Fevereiro 2018 00:00

Secretário de Estado dos EUA defende golpe militar na América Latina

O secretário de Estado dos EUA, Rex Tillerson, defendeu um golpe para derrubar o presidente da Venezuela Nicolás Maduro, na última segunda-feira (1/2), considerando a intervenção “uma das saídas” para o país. O chefe da diplomacia disse ainda que, na história da América Latina, “com frequência são os militares que lideram mudanças de regimes quando as coisas estão ruins” e “a liderança civil não pode mais servir as pessoas”.

A dificuldade de um golpe na Venezuela apoiado pelos norte-americanos é que as forças armadas daquele país possuem hoje uma posição à esquerda de Maduro e uma disposição de anular todas as conspirações de setores da direita.

Posição escancarada

Nos anos 60 e 70, a Casa Branca financiou golpes e ditaduras militares no continente, mas na época, a conspiração era mantida sob sigilo, vindo à tona mais recentemente, com a abertura dos arquivos da CIA, o centro de inteligência e espionagem dos EUA. No governo Trump, a postura imperialista é escancarada. É curioso perceber a contradição de uma nação que se considera “a maior democracia do mundo”, mas defende e financia golpes e ditaduras.

Atuação no Brasil?

E ainda há quem, ingenuamente, não acredite que o governo norte-americano esteve por trás do impeachment que derrubou a presidente Dilma Roussef e levou o vice, Michel Temer ao poder para impor uma política de retirada de direitos do trabalhador, entrega dos recursos naturais ao capital estrangeiro e privatização de instituições públicas. A contrapartida ao apoio da Casa Branca veio rápido. Em outubro do ano passado, Temer assinou o contrato de concessão de áreas do pré-sal para as multinacionais. Uma das beneficiadas a americana Exxon.

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